Wanderlust!
Lá estava ela, mais uma vez, correndo com aqueles homens monstros que habitavam sua imaginação medonha. Nada demais, apenas umas colocações erradas e uma ausência de escrúpulos. Uma xícara de chá verde-vermelho e uns biscoitos que pediam bis ao coito.
Nada demais mesmo, era apenas uma menina pensando se queria o beijo daquele menino, mas pensando exatamente se pensar no beijo dele era uma coisa interessante - não aparentava ser. Não por ser o beijo daquele menino, mas simplesmente por ser um beijo. Na realidade ela havia perdido seu senso de romantismo - aconteceu.
E ela estava ali, pensando nos seus monstros, nos seus amores meio toscos e complicados de se nomear. Alguns eram amores, outros eram amantes, e haviam também os amigos que eram falsos amigos dos amantes e dos amores. Enfim, nada muito complicado para a simplicidade. Nada muito fácil de se complicar ainda mais.
E daí veio o raio que machucou. E lá estava ela, de novo, jogada ao chão sem nem saber como havia parado ali. Nada de amnésia, era apenas o momento. Levantou-se e bateu as mãos nas calças sujas de pó estrelar. Tudo ficou tranquilo quando a gravidade lhe abraçou.