“Casa de Honra e Probidade”
No início dos anos 80, li uma entrevista de um respeitado político brasileiro, em que, ao fazer referência a uma determinada empresa por onde havia passado, na condição de diretor, disse tratar-se de “uma academia em que muito se estuda e muito se aprende, uma casa de honra e de probidade”. Um político atuando na iniciativa privada, onde não havia brecha para a corrupção. Hoje, não é fácil encontrar um político daquele quilate, mas, na iniciativa privada ainda podemos encontrar administradores éticos, onde ainda prevalecem a honra e a probidade. Lamentavelmente, essa conduta não é facilmente encontrada na administração pública, contaminada pela influência nefasta de maus políticos. Por estas e outras razões, o serviço público sofre de uma excessiva burocracia, com vistas a reduzir os efeitos da corrupção. Como consequência, obras prioritárias sofrem atraso na sua conclusão, a exemplo de escolas que ficam fechadas por longo tempo, causando prejuízo aos alunos. E a nossa imprensa, felizmente ainda livre e soberana, vai lá e aponta o "dedo na ferida”. E a desculpa sempre fajuta está no problema das “LICITAÇÕES”. Eis aí a maior fonte da corrupção. Está aí a diferença entre a iniciativa pública e a privada. Esta não depende de licitações para executar seu trabalho. Acredita nos seus administradores, que primam pela honradez e pela ética na sua profissão. Ali não há CPMI, onde acusadores são tanto quanto ou mais sujos do que os acusados. Felizmente ainda impera o caráter, a honra e a probidade.