TARDE
A tarde tem uma efemeridade danada.
Cada um a vê a seu jeito. Para cada um ela começa num tempo diferente. Vejo a tarde como um poeta que às vezes penso que sou, mas com a singularidade dos meus sentimentos, creio diferente de tantos, mesmo que poetas.
A tarde não tem hora para começar, nem para terminar. Agora, por exemplo, a minha vista, aos meus olhos, já está agonizando seu fim, tomada pela noite. E mesmo na agonia, na morte lenta e eminente, é alegre, um tanto melancólica, mas alegre. Poética com certeza.
A tarde é humilde. Contenta-se com pouco. Fica com a menor porção, espremida entre o dia e a noite, contentando-se com um pedacinho só do tempo e sempre tão linda.
Talvez por isso sempre tão saudosa, tantas vezes melancólica. Talvez porque tem vida tão curta, embora tão rica de sentimentos.
Viram? Enquanto falava sobre ela, a coitada já se foi, sem despedida, sem nem mesmo aceno. Simplesmente engolida pela noite que a cobre e a faz dormir até amanhã.
Então que venha amanhã e venha de novo a tarde, esse momento sublime que pinta cores, aroma, sabores, lembranças e sonhos na minha tela, pequena porção da minha porção poeta.
A tarde tem uma efemeridade danada.
Cada um a vê a seu jeito. Para cada um ela começa num tempo diferente. Vejo a tarde como um poeta que às vezes penso que sou, mas com a singularidade dos meus sentimentos, creio diferente de tantos, mesmo que poetas.
A tarde não tem hora para começar, nem para terminar. Agora, por exemplo, a minha vista, aos meus olhos, já está agonizando seu fim, tomada pela noite. E mesmo na agonia, na morte lenta e eminente, é alegre, um tanto melancólica, mas alegre. Poética com certeza.
A tarde é humilde. Contenta-se com pouco. Fica com a menor porção, espremida entre o dia e a noite, contentando-se com um pedacinho só do tempo e sempre tão linda.
Talvez por isso sempre tão saudosa, tantas vezes melancólica. Talvez porque tem vida tão curta, embora tão rica de sentimentos.
Viram? Enquanto falava sobre ela, a coitada já se foi, sem despedida, sem nem mesmo aceno. Simplesmente engolida pela noite que a cobre e a faz dormir até amanhã.
Então que venha amanhã e venha de novo a tarde, esse momento sublime que pinta cores, aroma, sabores, lembranças e sonhos na minha tela, pequena porção da minha porção poeta.