Amigo meu...

Um amigo meu conheceu uma garota passaram a namorar e pouco tempo depois decidiram casar, até me convidaram pra ser testemunha, que apesar de não acreditar muito nessa convenção aceitei. No cartório vi algo muito interessante, uma verdadeira leitura da vida do homem, os balcões de atendimento seguiam esta ordem: Nascimento; casamento; óbito. Achei genial. Meses se passaram e recebo desse meu amigo um convite, pensei que fosse aniversário de sua esposa, quando abro descubro que é de casamento novamente. Ele me explica que dessa vez seria na igreja e após haveria uma festa. Então me veio este questionamento: como é que uma pessoa (nesse caso entenda homem) se casa duas vezes, porque apesar de ser com a mesma mulher pra mim é o segundo casamento dele, não contente ainda vai dar uma festa? A festa deveria ser feita no divórcio pois a liberdade sim é motivo para comemorar, eu nunca vi um réu ser condenado a prisão perpétua e dar uma festa.

Ele vai ter que abrir mão de tanta coisa em nome desse "amor", amor esse que se chama comida, roupa lavada e casa arrumada, é isso que faz o homem casar, eu como moro com meus pais não preciso desse amor, tenho minha mãezinha. Ele não vai mais ter o mesmo tempo que tinha para sair com os amigos e quando reclamar disso sua mulher não entenderá, pois todos sabemos que mulher, pelo menos a que pretende casar, não tem amigas. Para o homem ser feliz no casamento, se isso realmente for possível, ele tem que ser antes de tudo solitário e fazer da mulher sua única companhia, pois se tiver amigos já azeda a relação, a esposa reclamará que ele prefere a presença dos amigos que a dela, o que é verdade mais ele terá que negar senão passará uma temporada longa sem sexo. Sexo essa é outra farsa do casamento, quem achar que casados transam mais que solteiros está equivocadíssimo, quem quererá passar a vida toda transando com a mesma pessoa? Essa é a causa de idosos serem impotentes, já estão enjoados das parceiras, coloca outra velhinha com ele para ver se ele não detona.

As mulheres me criticam dizendo que sofro da síndrome de Peter Pan, que sou imaturo e por isso não quero casar, e quando estiver maduro o suficiente vou olhar os casamentos com outros olhos. Mas elas se esquecem do fato de que o homem casado muitas vezes tem que fazer o processo contrário e voltar a adolescência, enquanto elas estão com dor de cabeça. Agora vejo o real sentido da expressão "até que a morte os separe", até que a morte os separe das brigas, dos ciúmes infantis, da paranóia da parceira. Até que a morte os separe do cativeiro que o casamento.

diniz xavier
Enviado por diniz xavier em 15/06/2012
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