AFEIÇÃO.
AFETIVIDADE.
A afetividade é o grande enlaçamento do sentimento. Pode-se dizer que é o pai da graça de amar, gênero e porto seguro onde não há risco de desapontamentos.
Paixões não rodam na mesma estrada da afeição, explosivas e destemperadas, desconhecem a afeição, suave e generosa.
A afetividade está longe do culto da personalidade, sua estratégia de carinho nasce da admiração, tece com ardor e entrega o amor incondicional, suplanta o próprio eu.
A afeição tem o lacre da incondicionalidade, a marca da posteridade interminável e duradoura. Não escolhe caminhos, tem um só caminho, o da verdade do sentimento.
Ter afetividade é fundamento das entranhas, do sangue, do Aba; o Pai.
O Pai é enredo de amor, sem fronteiras, inexistem nuvens que possam ensombrar o amor pleno, translúcido de afeição que se expande e se mostra para o canto do amor sem reservas, onde a restrição desconhece paredes como as medievais, onde se escondiam os tesouros.
Ninguém caminha sem ter história, ninguém pode negar o registro da memória formal, nela a afeição é símbolo maior.
Pudesse o mundo estar envolto por afeição, impossível diante da realidade da disputa inconteste e plural, tudo seria melhor.