Lei

Que lei maravilhosa! Está com os dias contados o esporte favorito de alguns homens. Eu disse alguns. E nem adianta vir com esta de que a lei também tem que ser válida para a mulher, pois que seja, a despesa será pequena. E também não me fale do caso do esquartejamento, este é outro departamento lá com o pessoal da Justiça. Um tipo condenado de justiça já foi feito, que a Justiça de fato e de direito tenha sucesso. E qual o esporte predileto da maioria dos homens? O futebol, claro. E ao qual você se refere? Refiro-me ao esporte favorito de ALGUNS homens (?): bater em mulheres. Ah, mas esses nunca vão desistir do esporte no qual descarregam suas mágoas, frustrações e rejeição ao sexo feminino. E o que está mesmo acontecendo quanto a este esporte mundial (para ALGUNS)? Antes de dizer o que está acontecendo, vou só lembrar que estão colocando alguns políticos e empresários contra a parede, ótimo. Se isto vai dar certo ou resolver, também não está em discussão neste texto. Inclusive não sabemos se a nova lei vai resolver a questão dos espancadores de mulheres. O simples fato de a lei existir não resolverá o problema. Se assim fosse, problemas não existiriam, o que não falta é lei. Não resolve, mas é um passo dado, é uma barreira levantada, é um aviso, é uma prevenção. E de que jeito? A partir de agora, quando um homem bater em uma mulher, terá que pagar ao INSS por todo o tratamento da vítima. Isto é que é pensar um bom castigo, o do bolso. Em lugar de latas de cervejas, ingressos para o futebol, gastar no Bataclan, vai pagar prejuízos proporcionados à mulher. Se esse moleque for rico, que gaste; e se for pobre, que vá parar na cadeia para bater em homens e deles também apanhar. O país não quer pagar pela corrupção e nem quer pagar por malandragem. Desejo a quem quiser fazer da mulher saco de pancada todas as iras e rigores da lei. Aí você me dirá, mas tem mulher que gosta de apanhar. Para esta, ele, o agressor, também teria que pagar, pois deveria ser inteligente e saber que mulher que gosta de apanhar é doente. (Mulher gosta de bater. Bate o pé, bate a roupa na pedra, bate o bife pra amaciar e bate a bunda do filho para exemplar. Ah, sim, sei, não pode mais bater na bunda do filho, mas eu usei um artifício para relembrar que bater em bunda de filho era coisa legal. É rrê a rrá, foi). E sendo doente, ele não a espancaria. E se isto fez, é aproveitador e sacana. Tem que pagar, inclusive. Bom, quanto a isto, eu não sei se a lei contemplará. Trata-se apenas de mais um artifício de crônica literária. O INSS está precisando dessa contribuição e é a mais merecida. Bateu, levou. Ou por outra, bateu, pagou.

taniameneses
Enviado por taniameneses em 15/06/2012
Reeditado em 15/06/2012
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