...Prelúdio em Sol Maior!
Tenho pensando muito na brevidade da vida e nesses tempos de singelas esperanças aprendo, inclusive, que passear no ‘passado musical’ faz bem.
A música funciona como um processo de cura, um lenitivo, nestas horas de intensas melancolias. Dele provei em vários estágios da minha vida seja ouvindo, seja cantando, seja tocando.
Hoje, pela manhã, quando fui visitar a página de um escritor, a fim de conhecer e aprender com a obra dele, que é um cronista requintadíssimo, tanto no aspecto cultural quanto literário, deparei com três crônicas que trazem em seu bojo músicas inesquecíveis. Depois de lidas, não conseguindo parar de cantar aquelas canções, que também conhecia, pus a me perguntar, qual música teria marcado a minha vida.
Percebendo que foram tantas, debrucei os meus olhos sobre meus passos e recordei uma música que me ‘assegurou’ na tomade de decisão, num momento importante da minha vida.
São aqueles momentos quando o presente e o passado parecem suficientes para delinear o futuro e por isso é preciso mudar o jogo da vida; Quando se percebe que é preciso colocar as cartas na mesa, apesar do que ‘era doce e do que não era’; Quando se vê, como ‘num vídeo tape’, que o ‘sonho acabou’, que o ‘sorriso sem graça chorou’ e, então, deve-se encerrar o jogo de cartas marcadas.
Verifiquei - “refletindo que não sou perfeita” - que meu subconsciente - que parece ter se tornado “um garimpeiro nas águas revoltas da terra, onde o mal vai para o inferno e o bom vai para o céu” - talvez, na esperança que o tempo levasse para ‘o mar, a bateia vencida’ - acariciava-me musicalmente. E, por isso, cantou, lá naquele passado:
..."Não dá mais certo, sinto por perto, hora de terminar. Pensei em tudo, mudo ou mudo, hora de terminar. Nem acredito que tenha dito o que vim pra falar, mas já é hora de ir embora, hora de terminar. Cartas na mesa, verdade, franqueza. Pago dobrado e perco calado".
..."Amanhã cedo, sigo sem medo, rumo ao entardecer. Viva ou não viva, vida sem vida, não vai mais me prender. De tudo um pouco, de santo e louco, soubeste me ensinar. Aprendi tudo..."
E, com as cartas na mesa, na verdade, na franqueza, confirmei, outrora, que era o momento de ‘começar de novo e contar comigo’, pois ‘nada do que foi' seria 'de novo do jeito que já foi um dia’.
A música - assim como as crônicas do admirável escritor Carlos da Costa, a quem agradeço - nos 'cura da loucura' de não aprender com a vida e com elas*.
E, como elas** 'vem em ondas como o mar, num indo e vindo infinito’ e viver é um exercício de fé, prossigo a cantar 'a beleza de ser um eterno aprendiz'!
Liliane Prado
* elas (crônicas)
** elas (músicas e crônicas)
A música funciona como um processo de cura, um lenitivo, nestas horas de intensas melancolias. Dele provei em vários estágios da minha vida seja ouvindo, seja cantando, seja tocando.
Hoje, pela manhã, quando fui visitar a página de um escritor, a fim de conhecer e aprender com a obra dele, que é um cronista requintadíssimo, tanto no aspecto cultural quanto literário, deparei com três crônicas que trazem em seu bojo músicas inesquecíveis. Depois de lidas, não conseguindo parar de cantar aquelas canções, que também conhecia, pus a me perguntar, qual música teria marcado a minha vida.
Percebendo que foram tantas, debrucei os meus olhos sobre meus passos e recordei uma música que me ‘assegurou’ na tomade de decisão, num momento importante da minha vida.
São aqueles momentos quando o presente e o passado parecem suficientes para delinear o futuro e por isso é preciso mudar o jogo da vida; Quando se percebe que é preciso colocar as cartas na mesa, apesar do que ‘era doce e do que não era’; Quando se vê, como ‘num vídeo tape’, que o ‘sonho acabou’, que o ‘sorriso sem graça chorou’ e, então, deve-se encerrar o jogo de cartas marcadas.
Verifiquei - “refletindo que não sou perfeita” - que meu subconsciente - que parece ter se tornado “um garimpeiro nas águas revoltas da terra, onde o mal vai para o inferno e o bom vai para o céu” - talvez, na esperança que o tempo levasse para ‘o mar, a bateia vencida’ - acariciava-me musicalmente. E, por isso, cantou, lá naquele passado:
..."Não dá mais certo, sinto por perto, hora de terminar. Pensei em tudo, mudo ou mudo, hora de terminar. Nem acredito que tenha dito o que vim pra falar, mas já é hora de ir embora, hora de terminar. Cartas na mesa, verdade, franqueza. Pago dobrado e perco calado".
..."Amanhã cedo, sigo sem medo, rumo ao entardecer. Viva ou não viva, vida sem vida, não vai mais me prender. De tudo um pouco, de santo e louco, soubeste me ensinar. Aprendi tudo..."
E, com as cartas na mesa, na verdade, na franqueza, confirmei, outrora, que era o momento de ‘começar de novo e contar comigo’, pois ‘nada do que foi' seria 'de novo do jeito que já foi um dia’.
A música - assim como as crônicas do admirável escritor Carlos da Costa, a quem agradeço - nos 'cura da loucura' de não aprender com a vida e com elas*.
E, como elas** 'vem em ondas como o mar, num indo e vindo infinito’ e viver é um exercício de fé, prossigo a cantar 'a beleza de ser um eterno aprendiz'!
Liliane Prado
* elas (crônicas)
** elas (músicas e crônicas)
Crônicas do escritor Carlos da Costa:
_OS “SONHOS” DE PENINHA E OS MEUS
_DENTRO DE MIM MORA UM ANJO
_O BÊBADO E O EQUILIBRISTA” DA VIDA REAL
Músicas:
_Cartas na Mesa ( Moacyr Franco) - ‘Não dá mais certo, sinto por perto, hora de terminar, pensei em tudo, mudo ou mudo, hora de terminar. Nem acredito que tenha dito o que vim pra falar, mas já é hora de ir embora, hora de terminar’...
_Garimpeiro (Moacyr Franco) - ‘garimpeiro nas águas revoltas da terra, onde o mal vai para inferno e bom vai para o céu’; ‘tempo e o rio’; ‘o mar a bateia vencida’;
_Balada nº 07 (Moacyr Franco) - ‘era doce e o que não era’; ‘num vídeo tape’ ‘sonho acabou’;
_Como eu amei (Benito de Paula ) ‘reflito que não sou perfeito’
_Começar de novo (Ivan Lins, ) - ‘começar de novo e contar comigo’
_Tudo bem (Lulu Santos) - ‘mas o teu amor me cura de uma loucura qualquer’;
_Como uma onda (Lulu Santos) - ‘nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia’; ‘a vida vem em ondas, como o mar num indo e vindo infinito';
_O que é, o que é (Gonzaguinha) - 'a beleza de ser um eterno aprendiz';
_OS “SONHOS” DE PENINHA E OS MEUS
_DENTRO DE MIM MORA UM ANJO
_O BÊBADO E O EQUILIBRISTA” DA VIDA REAL
Músicas:
_Cartas na Mesa ( Moacyr Franco) - ‘Não dá mais certo, sinto por perto, hora de terminar, pensei em tudo, mudo ou mudo, hora de terminar. Nem acredito que tenha dito o que vim pra falar, mas já é hora de ir embora, hora de terminar’...
_Garimpeiro (Moacyr Franco) - ‘garimpeiro nas águas revoltas da terra, onde o mal vai para inferno e bom vai para o céu’; ‘tempo e o rio’; ‘o mar a bateia vencida’;
_Balada nº 07 (Moacyr Franco) - ‘era doce e o que não era’; ‘num vídeo tape’ ‘sonho acabou’;
_Como eu amei (Benito de Paula ) ‘reflito que não sou perfeito’
_Começar de novo (Ivan Lins, ) - ‘começar de novo e contar comigo’
_Tudo bem (Lulu Santos) - ‘mas o teu amor me cura de uma loucura qualquer’;
_Como uma onda (Lulu Santos) - ‘nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia’; ‘a vida vem em ondas, como o mar num indo e vindo infinito';
_O que é, o que é (Gonzaguinha) - 'a beleza de ser um eterno aprendiz';