Qual o seu dom?

Assunto intrigante para o momento! Não vou falar sobre o clima, futebol, religião e muito menos sobre política. Que Deus me livre e me guarde! Hoje acordei dançarina e conversada, muito conversada. Na arte da dança me voltei pro rebolado - arrocha, pra ser mais exata. Percebi que sou péssima nisso e fiquei mal humorada no trajeto de casa ao metrô. Eu sou impossível, confesso!

Mas não era disso que ia falar! Hoje eu quero falar sobre dom. É, dom! Aptidão, manejo, jeito, sina, essas coisas! Pra dança já percebi que não tenho dom algum. Uma amiga pensou alto que queria ter um dom, pois ainda não havia descoberto unzinho sequer. Será que temos que descobrir? Existe alguma regra que te obrigue a ter um dom? Você conhece alguém que foi barrado nos lugares por não ter um? De repente, batem na porta da sua casa aos berros: "Qual seu dom? Fale agora ou invadimos!". Ou ainda: "Ei, você tem dons demais. Temos um mandado de busca e apreensão.". Aí não rola, né?

No momento em que o pensamento foi dito, pensei em tudo, absolutamente tudo que ela faz e ficou difícil enumerar quantos dons uma pessoa pode ter ou o que é um dom propriamente dito. Porque dom pra mim é saber apreciar o mundo, a vida, e tal e coisa e coisa e tal... É saber olhar pra quem está do nosso lado e sorrir, simplesmente sorrir. E tem mais: é contribuir com qualquer coisa, pra qualquer pessoa, e não chamar de ajuda, no máximo camaradagem. É saber perdoar, se doar. Deixar os problemas em casa e partir de braços abertos pra encontrar um amigo chorão.

Dom pra mim, então, é o mesmo que "bom". Se você tem algo de bom pra oferecer pra alguém ou pra si mesmo: já tem um dom! Mas se ainda achar, depois de tudo isso que eu disse, que não tem dom algum, me procura que a gente inventa!