Novelas ou novelos?
Sim! Uma nova novela foi iniciada e logo outra também começará. Os primeiros capítulos mostram, como sempre, a nova trama ou novo drama. Produtos diversificados desfilam nos intervalos. Os telespectadores precisam se entreter e se interessar por tais mercadorias que incitam o consumismo. O cenário se repete mostrando luxo em várias residências. A natureza colabora sem nada cobrar. Paisagens lindas são mostradas. Roupas modernas e impecavelmente passadas desfilam pelos corpos dos atores que foram escolhidos para interpretar seus personagens. Ninguém tem obrigações a cumprir. Não trabalham, mas têm profissões e a palavra doutor antes do nome. Parece que somente entram e saem de casa. Homens e mulheres que se envolvem com casamentos mostram suas vaidades, seus defeitos. Logo acontecem situações inusitadas ou não. Desamor e infidelidade aparecem, com certeza. Brigas repletas de histeria desfazem casais. Estes de pronto trocam o par anterior por outro que imaginam ideal. Uma gravidez inesperada acontece. Aliás, isto sempre terá que haver. O enredo torna-se um novelo igual àquele que vai ao chão e o gato da casa passa a brincar com ele. Assim, por meses, a novela se passa, ou passará, cada vez mais enroscando seus personagens. Finalmente, tudo se desenrola e ela termina com vários casamentos para a felicidade do fiel telespectador.