GATO - bichinho fascinante! (PARTE 1)
Sempre olhei para os gatos com admiração, mas depois que ganhei um, branquinho, com pouquinha mancha preta entre as orelhas, fiquei fascinado.
Quando filhotinho, disseram-me: "Essa gatinha é bravinha! Tome cuidado. Adora morder a gente...".
As semanas foram passando, a tal gatinha crescendo e miando cada vez mais melancolicamente... com seus poucos acessos ao campinho que fica em frente de casa.
Minha mãe e eu fomos ficando cada vez mais apaixonados pelo animalzinho de hábitos imprevisíveis, ao passo que o bichinho ia fazendo amizade com nossa cadelinha, Lila...
Algumas vezes flagrei o "bichano" dormindo profundamente sobre o meu peito, enquanto eu assistia televisão na sala. Era a coisa mais fofa...
Já crescidinho, o animalzinho felino me surpreendeu um dia com uma unhada daquelas nos dedos da minha mão direita, quando eu estudava uma música na minha escaleta... O bicho parecia endiabrado, ficou em pé, apoiado apenas nas duas patas traseiras, olhando-me com ferocidade, as garras afiadas, fazendo-me acreditar que ele estava possuído...
Mas depois dessa experiência assustadora, passados alguns dias, eu descobri que a "doce gatinha" não gostava de ouvir o som de nenhum instrumento musical. Nem de escaleta, cujo som lembra a gaita. Nem de violão. Nem de teclado. Nem de flauta. E todos esses instrumentos eu costumo tocar em casa.
Aí, já sabem, não é? Sempre que vou tocar tenho que dar um jeito de afastar a fera...
E há outro segredo sobre essa fera que ainda não contei.
Mas, se querem saber, vou deixar para uma outra crônica sobre esse bichinho fascinante.