Crônica #113: CAFÉ DA MANHÃ COM OD COM CHICO MESQUITA

CAFÉ DA MANHÃ COM OD COM CHICO MESQUITA

Participação de Chico Mesquita e André Mesquita

Pára um Zaphira sete lugares, verde-musgo, completo, a diesel, último ano. O condutor estaciona de ré, nas alas em viés de 45º.

Jardim em estilo suíço, sem muretas, duas vielas ladeadas de cercas vivas de pitangueiras, densamente carregada, cuidadosa e artesanalmente podada, um misto de verde-oliva pontilhado de vermelho escarlate dos pequenos frutos. Borboletas sobrevoam a cerca viva a fim de polinizar as pequenas flores, desovando futuras lagartas. Pode-se encontrar dezenas de crisálidas nos galhos das pitangueiras

Deixei de lado um pouco o meu tablet no qual lia os feeds dos melhores jornais, tentando me atualizar.

Descem do veículo o meu amigo Chico Mesquita e o seu filho do meio André.

[Chico Mesquita]: Está vendo aí, Od? Disse que vinha e eis-me aqui.

[Od]: Estou vendo que sim. Você disse e cumpriu o dito. Este deve ser o... o... Ah! O André. Muito prazer, meu rapaz! O seu pai é o Cara! Gente muito boa!

[André]: Muito prazer, Seo Od! E eu não sei?

[Chico]: Olá Conterrâneo! Tem visto o Pr. Bosco? Depois do que o Ressan me falou, não pude resistir ao teu convite! Não me fiz de rogado. Vim aqui participar do teu café da manhã que, aliás, no RL está muito badalado.

[Od]: Ele está em Fortaleza. Disse-me que iria procurar por você, mas pelo visto houve esse desencontro já que vieste aqui pro Crato. Para mim e Suzana é um imenso prazer em receber-te e nosso Lar-Doce-Lar. Suzana! Olha só quem chegou! O Chico Mesquita e o seu filho do meio, o André.

[Susana à varanda, vem ao nosso encontro, enxugando as mãos no avental]:Muito prazer, Chico. O Od fala muito em você. Prazer, André. Dá licença, pois estou terminando de por a mesa.

[Chico]: Pos é, Od! De tanto me convidar, eis-me aqui em dose dupla, para provar desse tão badalado teu café da manhã, eu quero participar,

[Od]: É um imenso prazer recebê-los aqui em nosso humilde rancho. Por que não trouxe a esposa e os outros filhos?

[Chico]: Infelizmente não deu. O menino e a menina têm provas escolares hoje e não puderam vir. Por isso minha amada teve que ficar com eles lá em Fortaleza. E o André só veio comigo porque os professores do colégio dele estão em greve. Mas um convite gracioso assim, não se pode rejeitar. Num encontro de homens justos, Jesus vai estar presente e certamente compartilhará dessa mesa conosco.

Entramos, lavamos as mãos e nos sentamos à mesa posta na palhoça do quintal. Estava bem composta com café, leite mungido, sucos de acerola e sapoti, pão do reino, pão de milho (cuscuz), beiju, tapioca, queijo de coalho, requeijão caseiro, bolo de milho, pamonha, bolo de puba, manzape, pará de caridade, sequilho, omelete, ovos mexidos, melancia, melão, bananas pacovã e cachiana, uvas, pêsego, pêra e maçã. Era uma mesa pra ninguém botar defeito. Uma covardia! Nós nem sabíamos o que escolher. A vontade era de por tudo, mas nossos pratos virariam uma enorme cordilheira. Eu dei graças ao Senhor por aquela oportunidade de receber nossos amigos em nosso lar.

[Chico]: Esse bolo de macaxeira aí. Rebola aí pra mim, Od!

[Od]: Que é isso, Chico! ‘stás me estranhando? E eu sou homem de rebolar, Sor!

[Chico]: Não é o que você está a pensar, Mano! É que é assim que falamos em Fortaleza. Refazendo o pedido. Passe-me o bolo de macaxeira, por favor!

Todos caíram na gaitada...

[Od, ainda se abrindo em risada]: Pois sim, meu Irmão.

Provamos um pouco de cada. O Chico entregou um presente a Suzana que sua esposa havia mandado.

Depois do café, ficamos na palhoça ao lado, próximo ao deck da piscina e trocamos ideias e mais ideias. O Chico recitou um poema de improviso sobre o nosso encontro que o posto no final dessa crônica.

O sol brilhava no azul do céu, típico do mês de Junho, ainda com brancas nuvens de sugestivas estampas a se transmutarem ao sabor do vento que ia esculpindo novas figuras. O passaredo chilreava alegremente pulando de galho em galho, bicando uma fruta aqui, outra acolá.

Nossos convivas ficaram para o almoço. Depois fizeram a sesta em conformáveis redes armada ali, nas árvores. Uma suave brisa vinda do brejo ao lado roreja suas faces enquanto eles tiravam um reconfortante sono.

Às três da tarde, se despediram de nós e rumaram para Itapipoca para visitar alguns parentes deles.

Foi um agradável encontro que esperamos se repita outras vezes.

Deus abençoe a todos.

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CAFÉ DA MANHÃ

Chico Mesquita

Olá meu bom pastor!

Do teu café da manhã, eu quero participar,

Convite gracioso assim, não se pode rejeitar,

Num encontro de homens justos, Jesus vai estar,

Pra da mesa compartilhar.

Tem café, leite e pão de milho,

Queijo, manteiga e fubá,

Tapioca, bolo e omelete,

Pra todos saciar.

Quero nesta manhã de sol a brilhar,

Externar a satisfação de contigo estar.

Com Jesus vamos orar,

A oração universal,

Pra Deus Pai nos perdoar,

Do pecado original.

Primeiro meu amigo quero como tu estás?

Pra junto a tua família Jesus te abençoar.

Como vai a saúde vou logo te perguntar?

Tenha fé em Jesus Cristo, que Ele vai te curar.

Como vai a tua família?

Espero que vá bem,

Que Jesus abençoe a tua família amém!

Que as bênçãos do Senhor,

Iluminem as nossas cabeças amém!

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14/06/2012 10:13 - Ana Flor do Lácio

Café da manhã tão gostoso

Confesso que eu nunca vi

Também quero participar,

Sentir-me mais perto de ti!

Contigo e tua linda família

Nessa festa quero estar,

Não tem graça ficar fora,

Tua mesa quero compartilhar!

* Um belo, belíssimo encontro!

Espero dele também poder fazer parte! Parabéns! Um dia abençoado para todos nós!

Grande abraço.

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17/06/2012 11:45 - Helena Luna (HLuna)

Que fartura, gostosura,

o teu café da manhã.

O abraço traz a cura,

Esperança nunca vã.

Ao que me foi dado perceber vocês todos pertencem ao mesmo clã, falam a mesma língua, diferente de mim que falo outra.

Mas fica o dito por não,

o que vale é o escrito.

Abraços.

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Valeu, Helena.

Somos quais crianças, que mesmo de línguas diferentes conseguimos nos entender muito bem.

Falamos a linguagem universal - O AMor.

Alelos Esmeraldinus e Chico Mesquita
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 13/06/2012
Reeditado em 27/02/2013
Código do texto: T3721396
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