ALENQUER DA MINHA ADOLESCÊNCIA !
Dessa participei - nem vou dizer, se era defesa, lateral ou ataque – mas fui lá e dei o meu recado – é como dizia um amigo meu – “o que não dá pra rir, dá pra chorar “!
A nossa turma, de mais ou menos cinco adolescentes, empreendeu um passeio de 15 km ao sítio do veterinário, Odemir do Couto em Alenquer. Pedaladas aqui, outras acolá e muita poeira pra quem ficava a olhar – e lá fomos nós ao sabor da brisa matinal ! ...
Nem bem chegamos à metade da viagem, alguém lá de trás, mais parecido com um esqueleto ambulante, põe a boca no trombone e dá o aviso prévio :
- Ei, Joaquim, eu vou cair ...
E não deu outra - caiu mesmo, enfiando-se à margem do capim, antes que o socorro chegasse !
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Momentos depois, desabado ao chão e aos olhares curiosos, uma velhinha resolve dar o ar de sua graça:
- Coitado, meu neto, tão novo, bebeu muito ? ...
- Qual nada – arrematou o Joaquim – a gente é crente, a gente não bebe !
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Mais tarde, de volta pra casa e sorrindo com a ironia do destino, nem sei o que era melhor lembrar – se da roupa esfarrapada – da velhinha da estrada – da arrancada imediatista do Joaquim - ou da viagem destrambelhada !
Verdade - são retalhos da nossa história pelos corredores do planeta !
Coisas da vida ! ...
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