CEMITÉRIO

Meu coração parece cemitério. Serve-me agora apenas como depósito de corpos que plasmei em minha vida e que já não vivem mais. E como todo bom cemitério, volta e meia alguns fantasmas se levantam e começam a assombrar-me. Não tenho medo de espectros ou sombras de meu passado. Tenho medo do que isso possa provocar em mim. Essas aparições me mostram que ressuscitar é um verbo real na prática e fazem meu raciocínio confuso. Elas jazem no meu coração mas foi na mente que as matei.