Apego ao Ódio
O Poeta melhora o Homem!
Desde o momento que somos concebidos, talvez algum tempo antes, já que não temos essa plena certeza mesmo com todas as indicações que evidenciem, carregamos em nós, em nossas informações o amor traduzido como DNA e mesmo e apesar do tapinha nada caloroso de boas vindas, ao longo de nossas vidas nossa maior cartilha de aprendizado é o amor, o aprendemos de todas as formas e lugares, na família onde entramos pra aprender as vezes ensinar, na fé que buscamos e que nos tenta incansável ensinar desde de remotos tempos, tendo muitos doado a própria vida nesse ensinamento. Nosso medo de amar, aceitar o amor como algo natural, isento de todas as impurezas que nele colocamos por conta de nossas inseguranças, é imenso e nos faz criar um mundo reverso, o outro nosso lado amor, queremos a bem resolução sem sequer perguntar se somos, se fomos. Nesse nosso outro lado amor, não raro odeia-se fim de semana, como se fim de semana não fosse consequência das semanas que levamos a meses, anos. De outros ódios também nos acometemos. Comportando dessa forma somos tão somente vitimas, excluindo-nos de qualquer responsabilidade deixando ao espelho a única culpa de nossa solidão. Vamos com isso escurecendo o tom de cinza de nossas ações, passando também a odiar outros aspectos de nossa vida, como datas, ocasiões do calendário. Não enegrecemos por completo pois isso iria tirar nossa fonte de recarga, seria o fim que talvez não queremos, quem sabe também até o odiemos. Somos construtores de nossa solidão da qual somos único responsável. A energia para construção desse revés é o amor e o mesmo tempo que ocuparmos odiando pode ser usado para amar, saindo-nos assim fortalecidos.
Maurício Rodrigues