EDITAR LIVROS.
Editar livros ou a tanto pretender é um compromisso conosco ou com a liberdade de criar?
Editar livros é complexo. Embora conheça um pouco dessa atividade, não muito, conheço duas editoras de muitos títulos publicados, e já trocamos ideias sobre esse setor do pensamento, eu e responsáveis por essas editoras. Uma foi minha cliente, felizmente não a que publicou livro meu. Diriam que foi proteção....
Editar livros envolve a tradição de quem edita. Não todos os livros editados ficam no gosto das massas, mas vendem, mesmo que em menor quantidade, mas é diverso de livro virtual, que se vender, não passa de amigos, e irrisório é o número, e não há tiragem, não há custos para a “editora”, só vantagem, banca quem compra sob encomenda, e quem quer assim editar paga a publicidade, que não é barato.
E quase tudo se edita, os “editores” virtuais vivem disso, não me passa bem a necessária seriedade essa "atividade", face às restrições impostas ao eventual direito do editado, fora a remuneração em espécie.....nenhuma praticamente, desprezível o multiplicador. Já chequei.
A publicação não arranha tradição que não existe. Sou violentamente assediado para editar virtualmente. Ignoro o assédio, mas é fato que incomoda, nada há a fazer, não vou responder deseducadamente a quem me distingue de alguma forma.
A vontade de quem quer publicar em grandes editoras vai do sonho ao pesadelo, e este é frequente quando há insistência.
Quem cria está sob certo véu de prestígio de si mesmo, julga a si próprio. Isso não é bom. Existem personalidades e personalidades...
Os julgamentos próprios são parciais, voltados para si, por isso há impedimento pessoal quando o juiz por sinalização da lei, em certos casos, listados legalmente, está impedido de julgar.
Conto um caso sobre julgamentos. E como são difusos sob certos aspectos e desproporcionais.
Certa vez concorri, mais pela vontade de lançar o “novo” em direito, a um concurso de monografias. Mais por esse motivo do que pela premiação; duas passagens para a Itália e estada em excelente hotel para o vencedor e acompanhante.
Sob anonimato dos concorrentes dez julgadores lançaram notas em sobrecarta. Tive nove notas máximas, dez, e uma nota dois. Uma gigantesca desproporção. Estranha..
Fiquei em segundo lugar, a vencedora, mulher, obteve notas aproximadas a oito e nove, mas nada arrasador como um dois.Ficou um ponto na minha frente.
Meu trabalho nada ganhou, não foi editado, mas identificado quem me deu dois, tempos depois adotou a mesma tese que a minha em trabalho seu. Mais estranho ainda. Ignorei...
Meu trabalho saiu publicado em revistas de nota e está disponível a preço por cópia em todos os tribunais maiores do Brasil. A vencedora não conquistou o prestígio que guindou minha monografia...
Julgamento e edição são coisas complicadas....mas julgamento de si mesmo traz frustração. A edição depende de julgamento, não do eventual editado, lógico.