UM ANO SEM VOCE
UM ANO SEM VOCE
NUVENS CINZA PAIRÃO SOBRE O CEU DE JUNHO, O VENTO NORTE AÇOITA VIOLENTAMENTE OS MARES DA NOSSA PRAIA FAZENDO DECLINAR VERTIGINOSAMENTE OS CIPRESTES QUE ORNAMENTAM O CAMPO Santo de São Pantaleão... Murmúrios de vozes quase inaudíveis se confundem com o silvar da ventania e, nas lapides, tristes recordações e eternas saudades dos que ainda não foram. No contubérnio das grandes paixões é que se ovaciona tantas lamentações e o porque de tudo, interrogações proferidas em coro ou uníssono de um lar solitário, de uma família que renova as suas lagrimas sempre que uma determinada data se aproxima e, no Maximo ou mínimo de sentimentos renovados se nos compraz na ausência, a falta, a lacuna impreenchível que deixastes em todos nos que te amamos ao limite d nossas capacidades emocionais e, que vamos chorar essa perda, sei lá, por quanto tempo, até de novo te encontrar...
Que saudades das nossas viagens, aventuras vividas, aventuras vividas que não se apagam, de um tempo que levastes contigo, MS que deixastes também em nos. D tua companheira que olha para o lado e vê um leito vazio, dos teus filos e netos que conviveram contigo no ano passado e, não conseguem entender a não ser aquele aperto no peito e o frio tênue que há entre o existir ou não, mas que patrocina dores insanáveis, e eu que te amei como cunhado, pai, irmão e que me acostumei a te ouvir para seguir caminhos, hoje eu vejo a tua imagem sorrindo mas não sei se falas ou se ensurdeço na grande aventura que é a vida e que nada devemos temer porque Deus está no comando e logo todos nos estaremos de novo juntos em um renovado plano chamado amor.
É Armandinho, quantas saudades nos restam e nem parece que um ano se passou sem você meu camarada.