O BATOM
Ontem comprei um batom. Mais uma cor para compor meu acervo. Afinal toda mulher que se preza gosta de batons... muitos...
Mas o que tem de diferente neste previsível hábito feminino? Respondo-lhe. Nada. Comprar batons é corriqueiro, comum para nós mulheres. Incomum foi o que o batom me fez pensar. Conto-lhe.
Cheguei em casa e fui logo experimentando-o e, como era novo, a cor não realçou tanto e não o senti tão cremoso. Frustrada olhei a embalagem linda e nova, designer arrojado, mas faltava a maciez do meu velho e gasto batom... Foi então que o pensar sobre batons velhos e novos, pessoas velhas e novas, desandou...
E lá estava eu, no banheiro, de frente para o espelho, filosofando vidas a partir de batons. Parece estranho, não acha? . Mas foi assim... bem assim... A juventude é linda, arrojada. Faz beleza aos olhos. Mas não é “cremosa”, vivida como a maturidade.
O batom novo seduziu-me pela aparência, pela novidade, pela cor... mas quando o experimentei percebi que faltava algo. Insisti. Pressionei-o sobre os lábios e com certa “secura” foi tingindo-os com uma cor desbotada, magenta, que em nada parecia com a embalagem.
Propaganda enganosa? Talvez? O fato é que senti saudades do meu velho batom que apesar de gasto deslizava em meus lábios acariciando-o, hidratando-o. A cor forte potencializava o contorno das linhas de minha boca e então descobri que o tempo e o desgaste faz batons e pessoas mais “cremosas”.
Uma pena que muita gente precisa de uma vida inteira para perceber isso...
Mas o que tem de diferente neste previsível hábito feminino? Respondo-lhe. Nada. Comprar batons é corriqueiro, comum para nós mulheres. Incomum foi o que o batom me fez pensar. Conto-lhe.
Cheguei em casa e fui logo experimentando-o e, como era novo, a cor não realçou tanto e não o senti tão cremoso. Frustrada olhei a embalagem linda e nova, designer arrojado, mas faltava a maciez do meu velho e gasto batom... Foi então que o pensar sobre batons velhos e novos, pessoas velhas e novas, desandou...
E lá estava eu, no banheiro, de frente para o espelho, filosofando vidas a partir de batons. Parece estranho, não acha? . Mas foi assim... bem assim... A juventude é linda, arrojada. Faz beleza aos olhos. Mas não é “cremosa”, vivida como a maturidade.
O batom novo seduziu-me pela aparência, pela novidade, pela cor... mas quando o experimentei percebi que faltava algo. Insisti. Pressionei-o sobre os lábios e com certa “secura” foi tingindo-os com uma cor desbotada, magenta, que em nada parecia com a embalagem.
Propaganda enganosa? Talvez? O fato é que senti saudades do meu velho batom que apesar de gasto deslizava em meus lábios acariciando-o, hidratando-o. A cor forte potencializava o contorno das linhas de minha boca e então descobri que o tempo e o desgaste faz batons e pessoas mais “cremosas”.
Uma pena que muita gente precisa de uma vida inteira para perceber isso...