O QUE SEI ....
Buda interpelado por Ananda quando caminhava pela floresta, recebendo dela a interrogação se ele teria dito tudo o que sabe ou guardava ainda algum segredo, abaixou-se e apanhou um punhado de folhas secas na vastidão de folhas secas caídas na floresta e disse: “eu sei apenas esse tanto, as folhas que você vê em minhas mãos, mas o que sei é tão vasto como as folhas dessa grande floresta”.
Está nessa explicitação o resumo do que seja o saber para quem pode interpretar.
Buda, o iluminado, que conseguiu ascender da materialidade para a imaterialidade, de tudo se despojar para compreender tudo, sabia pouco, embora possa parecer que as folhas de toda a floresta eram muito, ou tudo em saber, diante do punhado de folhas em suas mãos.
Era só uma floresta entre as milhares existentes no planeta, que eram nada diante do cosmos....
É esse o saber que acumulamos; nenhum...nada.
Sempre seremos pequenos diante das grandes indagações que não permitem chegar ao topo do monte, da montanha imaginária onde cessam as dúvidas de qualquer espécie, não só transcendental, mas mesmo físicas como a procura da menor partícula no fracionamento do átomo, já fracionado em partículas menores.
Caminhemos nas divagações com o interior limpo e os olhos voltadas para a paz comum, haverá recompensa.