CAMINHAR SOLITÁRIO....

Sem véus, na intimidade do eu, caminhar solitário, nada ouvindo no meio da multidão que se esbarra no atropelo da vida. Paragens desvendadas que acendem a luz da interrogação multiplicam pensamentos. O “quanto se quer e muito se perde” pontua o ritmo das chegadas pensamentares que desfilam sem pedir acesso, simplesmente chegam, enquanto a massa de pessoas se acotovela nas calçadas.

Vamos passando alheados e presentes, rostos não são visitados, mas desperta-se. Estamos despertos... Assim reeduca-se a atenção. Paramos e entramos em um mundo cheio do móvel da sobrevivência onde se regala o gosto e sobrevive a vida; uma famosa padaria. Um café carioca e talvez um salgadinho. Voltamos ao centro do mundo.

É possível consertar seu ápice irradiador que movimenta seu cérebro pelas técnicas da meditação. Há um microfone ligado a outros planos. Quando estiver em paz esse microfone funciona harmonioso, plácido, fazendo do entendimento quase uma total compreensão.

Compreender é difícil, complexo, enigmático, formidável estágio do pensamento a que poucos chegam, vivo perseguindo a compreensão. Meta praticamente impossível a quem se entrega a pretender explicar as misérias do mundo. Mas é difícil fugir da luta. A vida é luta..

Um aparelho quebrado não pode transmitir mensagens, um microfone. Se não sabemos dialogar com nosso eu negamos uma possível aproximação com a Maior Força cósmica, Deus.

Tudo é passageiro, tudo se transforma. Quando chegamos conscientes a essas verdades começamos a nos livrar da dor interrogativa. Mas é preciso sinceridade na aceitação do princípio intransponível. Peca contra si mesmo se o diálogo com a verdade é pura mentira.

Os que veem uma essência que não é essência, não veem a essência, transformam o centro de tudo em aspiração ilegítima, caminham sem ver.

Estarão solitários, caminhando para o nada..

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 06/06/2012
Reeditado em 06/06/2012
Código do texto: T3708554
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