Vivo me transformando
“Não é no espaço que eu devo buscar minha dignidade,
mas na disciplina do meu pensamento.
Eu não a terei mais ordenada ao possuir terras:
pelo espaço, o universo me contém e me engole
como se a um ponto; pelo pensamento, eu o contenho.”
Blaise Pascal, filósofo francês
Tem dias que a gente se alegra por pouca coisa. E tem dias que a gente se sente infeliz por nada. Motivos insignificantes. Razões não razoáveis. Se desse pra ligar o botão “alegria” e não desligá-lo mais, seria muito bom. Tudo bem, tudo bem, lá vem aquela velha estória de que as tristezas fazem parte... e que elas realçam as alegrias... e que servem para a gente dar mais valor nos momentos bons... e blá blá blá blá...
Preciso então inventar um mecanismo pra espantar a tristeza teimosa. Já tenho um mas nem sempre posso usá-lo. A tática é “fazer o que gosto”. Parece simples. E funciona. O problema é que nem sempre dá pra parar tudo pra fazer o que gosto. Fazer o quê, né...
Quando bate aquele sentimento de sei-lá-o-quê nesses momentos em que estou cuidando de obrigações e não posso parar, puxo pensamentos bons. E pensamentos são gatilhos para sentimentos. Penso nas coisas boas que já conquistei e nas tantas várias que sei que ainda vou conseguir. Lembro de todas as pessoas que eu amo e que me amam, e que contam comigo, apostam em mim, acreditam no meu futuro e esperam pela minha vitória. Agradeço uma por uma, às pessoas e às conquistas.
Ao mesmo tempo em que faço esse exercício mental, começo também uma prática cardíaca. Isso mesmo, um exercício do coração. Repito dentro de mim o mantra poderoso NAM-MYOHO-RENGUE-KYO continuamente, com a força suficiente para fazer vibrar e ressoar por todo o meu ser e consequentemente espalhar ondas de energia por todo o meu ambiente.
E então, sei que meu aspecto muda como reflexo da mudança do meu coração. A estas alturas, os sentimentos ruins já se transformaram todos, pois os queimei como combustíveis para produzir energia positiva.
É assim que vivo. Pois a minha filosofia de vida é a da “transformação”. Transformo coisas negativas – pensamentos, sentimentos, situações, acontecimentos – em positivas. E as coisas positivas se tornam exemplos de transformação para novas conquistas.
(Catalão, 06/06/12)