AS MULHERES E A MENTIRA...
Por Carlos Sena
Por Carlos Sena
Dizem que o forte das mulheres é mentir. Mas o fraco dos homens é a mulher. Há controvérsias, mas não cabe aqui. Cabe neste tear apenas a mentira que atribuem ser da mulher seu maior trunfo. Por osmose, se os homens reconhecem que a mulher tem o dom de iludir e ele vem pela mentira, então o homem gosta de ser cúmplice da mentira da mulher. Por outro lado, considerando que a maioria dos homens acha que mulher é besta, é boba ou coisa semelhante, talvez esteja dando com os burros n’água. Acho mesmo que a mulher mente. Mas o homem mente mais. Apenas a mulher sabe mais dissimular um processo de meias verdades confundindo com meias mentiras. O melhor das mulheres mesmo admitindo que mintam é que elas não inventam muito, só um pouquinho. Os homens, sim. Esses gostam de inventar histórias principalmente porque pensam que as mulheres lhe amam incondicionalmente e, desta forma, se deixam enganar pelas suas proezas inverossímeis.
Por questão de justiça, nada mais mentirosa do que a espécie humana. A mentira é a parte do “jogo” nas relações e que se torna tão vigorosa que muitas vezes passa por verdade. Esta, muitas vezes é resultado da mentira muitas vezes repetida que termina sendo confundida com a própria verdade. Sendo comum de dois gêneros, a mentira certamente tem melhor acondicionamento no “colo” das mulheres. Porque essa “pecha” de passional que nós, homens, atribuímos à mulher o fazemos porque nós é que somos assim. Mas a mulher, dona do dom de iludir o faz com competência até mesmo para se proteger. Nelson Rodrigues sempre recomendava aos homens algo mais ou menos assim: “se sua mulher pegar você com outra negue, minta. Diga que ela está sonhando, que não está vendo nada, etc.”. Ele, Nelson, um dos nossos maiores dramaturgos o foi grande também em machismo. Coisas de homem que entrega a força sua fragilidade, mas que quando apaixonado vira uma “moça” e tudo faz para agradar a mulher amada... Ou não!
Portanto, ratifico que vejo a mulher nesse “dom de iludir”. Prefiro assim, porque se essa capacidade fosse mais dos homens do que das mulheres o mundo talvez tivesse virado apenhas um conto de fadas alternado com o de fodas. A mulher, (penso), no processo histórico de sofrimento e discriminação tinha que se valer da mentira, da dissimulação, porque senão já teriam sucumbido da face da terra, com todo exagero que se possa cometer nesta prosa. É só dar o desconto e imaginar o que tem sido nossa cultura machista tão cheia de separativismos com as minorias, principalmente com as mulheres e os gays. As mulheres foram mentindo pra eles e eles acreditaram: que elas eram bobinhas; que não podiam competir profissionalmente com eles; que são frágeis; que só se interessam por maquiagem, chás de caridade, colunas sociais, que detestam política e futebol, etc., até que “PIMBA” viraram o jogo. Hoje, mesmo mentindo temos uma mulher na Presidência da República de verdade. Pelo sim, pelo não, vejam a belíssima letra da canção DOM DE ILUDIR, de Caetano Veloso:
Não me venha falar/Na malícia de toda mulher/Cada um sabe a dor/E a delícia/De ser o que é...
Não me olhe/Como se a polícia/Andasse atrás de mim/Cale a boca/E não cale na bôca/Notícia ruim...
Você sabe explicar/Você sabe/Entender tudo bem/Você está/Você é/Você faz/Você quer/Você tem...
Você diz a verdade/A verdade é o seu dom de iludir/Como pode
querer/Que a mulher
Portanto, ratifico que vejo a mulher nesse “dom de iludir”. Prefiro assim, porque se essa capacidade fosse mais dos homens do que das mulheres o mundo talvez tivesse virado apenhas um conto de fadas alternado com o de fodas. A mulher, (penso), no processo histórico de sofrimento e discriminação tinha que se valer da mentira, da dissimulação, porque senão já teriam sucumbido da face da terra, com todo exagero que se possa cometer nesta prosa. É só dar o desconto e imaginar o que tem sido nossa cultura machista tão cheia de separativismos com as minorias, principalmente com as mulheres e os gays. As mulheres foram mentindo pra eles e eles acreditaram: que elas eram bobinhas; que não podiam competir profissionalmente com eles; que são frágeis; que só se interessam por maquiagem, chás de caridade, colunas sociais, que detestam política e futebol, etc., até que “PIMBA” viraram o jogo. Hoje, mesmo mentindo temos uma mulher na Presidência da República de verdade. Pelo sim, pelo não, vejam a belíssima letra da canção DOM DE ILUDIR, de Caetano Veloso:
Não me venha falar/Na malícia de toda mulher/Cada um sabe a dor/E a delícia/De ser o que é...
Não me olhe/Como se a polícia/Andasse atrás de mim/Cale a boca/E não cale na bôca/Notícia ruim...
Você sabe explicar/Você sabe/Entender tudo bem/Você está/Você é/Você faz/Você quer/Você tem...
Você diz a verdade/A verdade é o seu dom de iludir/Como pode
querer/Que a mulher
Vá viver sem mentir...