O RÁDIO
Uma vez por dia, mais exatamente entre 6:30 e 7:30h, não abro mão de um velho hábito. Enquanto tomo meu chimarrão, preparando mente e corpo para mais uma jornada de trabalho, escuto rádio. Sintonizada numa estação AM que só dá notícias. Ali fico a par dos acontecimentos locais, nacionais e internacionais e, de quebra, tenho a previsão do tempo para não correr o risco de sair muito ou pouco agasalhada. O rádio me dá a vantagem do movimento. Não exige que eu fique parada e assim vou fazendo minhas atividades matinais enquanto me informo.
Esse velho hábito adquiri com o meu pai que, com certeza, herdou do meu avô. Posso dizer que é um hábito de infância, de uma época em que o rádio era o único meio de comunicação "falante" ao nosso dispor. Desde a antiga Tupi de São Paulo que escutávamos ao entardecer, ouvindo músicas de Tonico e Tinoco e outros tantos cantores da verdadeira e boa música sertaneja.
O tempo passou, veio a Televisão, veio a Internet, mas o rádio nunca perdeu seu poder de comunicação. Porque pode estar em todo e qualquer lugar, com a vantagem de não atrapalhar nossos passos, nossas atividades físicas ou mentais. Pode e vai conosco onde formos, sempre que quisermos. Por isso, apesar de toda a parafernália resultante da tecnologia, eu não abro mão desse companheiro fiel. Pelo menos uma vez por dia.
@ Dedico esta crônica ao meu amigo Iratiense Joel
Gomes Teixeira, um saudosista de apurado gosto.