RESPIRAR.....VIDA.

Assisti ontem o artista e comediante Paulo Silvino na TV Globo, programa do fantástico, falando sobre sua vida. Perguntado sobre o que é melhor na vida, depois de considerar o acidente do filho, respondeu: respirar...

Disse que quando do acidente de seu filho que ficou sequelado, vendo seu estado crítico, sentou em frente ao hospital em Cabo Frio, em uma praça, e intimou Deus a salvá-lo, e que o Brasil rezava por sua recuperação, e que se seu filho não se salvasse, Ele, Deus, ficaria desacreditado.

E chorando disse, “não posso mais ter dúvidas na existência de Deus, queria meu filho, vivo”. E ele ficou vivo, fortemente sequelado.

Respirar é a essência da vida, junto com a água como defendia Thales de Mileto, pois o defunto resseca e os vermes são úmidos, estão vivos.

Mas a água é composta de oxigênio, ar que respiramos. Duas partículas de hidrogênio e uma de oxigênio.

Não é em vão que a meditação, tendo como eixo central a respiração, nos leva a um nirvana, é o oxigênio que impulsiona a vida, levado pelo sangue neste caudaloso rio da existência para chegar ao cérebro e inundar a mente de pensamentos, nossa alma enquanto o corpo respira.

E há Algo que nos deu esse presente, a vida e a alma, Algo que esses neurônios vacilam em aceitar e explicar, nada podem compreender da maior compreensão, mas cedem quando fragilizados.

Mas é “fato” que o artista Silvino elegeu um Deus acreditado, antes duvidado, para apelar, foi a Quem pediu a salvação do filho. Por que a Esse desconhecido e desacreditado? É “fato” como diz o italiano, sorte, destino. Ou é “fatto” com duas letras “T”, é verdade. Ele é o Pai....para a involuntariedade ou não!

Quando se está sob ameaça, mesmo os que não creem plenamente em algo mais, e até os que não creem absolutamente, apelam para uma “Coisa Maior”, desconhecida. Ninguém se cala, ninguém fica estático, inerte..... Um “Fato Maior” (destino superior) nos espera para mostrar sua bondade e misericórdia, que socorre, acode, satisfaz o apelo. “É fatto”. É verdade.

Quando se foi reto e se praticou o bem, temos em retorno a benevolência. Não praticamos o bem por amor ao nosso próprio benefício, ao nosso próprio bem, mas por amor a todos que vivem, por solidariedade para ser uno com o que é uno, todos nós que merecemos a felicidade.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 04/06/2012
Reeditado em 04/06/2012
Código do texto: T3705370
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