SEM EIRA NEM BEIRA
Princípio da semana, hora de ir para academia.
Comendo chocolates e sorvetes como estou por aqui, se não me exercitar, as roupas começam a encolher.
Aproveitei que o dia acordou a chorar, um choro fininho, manso, manhoso. Não pensei duas vezes, calcei o par de tênis, a roupa de ginástica, e lá fui eu.
Cinquenta minutos de esteira, mais dez de bicicleta, e alguns de alongamento, e volto com minhas serotoninas aumentadas.
As endorfinas também, se soltaram, e aplaudiram minha iniciativa.
Agora sentada aqui, em minha poltrona, olho a vista, enquanto escrevo, junto a isso pensamentos de qual será o cardápio para o almoço.
Quem decide é muito mais a geladeira do que eu. Ao abrí-la, vejo que não tem muito o que escolher. Então me sirvo do que tem.
Brócolis, cenoura baby, tomatinho cereja, rúcula, arroz integral, já pronto em potinhos, queijo feta e ovos.
O cardápio está montado.
Dia de ficar quieta, sentada na poltrona ao lado da janela, com um bom livro na mão. Ou a escrever um texto sem eira nem beira, como este.
(foto da autora- NY)