Corredor Vera Arruda: O Corredor da Morte
Situado numa área nobre de Maceió, no bairro da Jatiúca, o Corredor Vera Arruda, um belíssimo espaço de lazer, sofreu a descontinuidade da gestão pública, o que infelizmente é comum entre os políticos. Para não prestigiar o seu antecessor, abandonam as suas obras.
No início, tudo muito chique e com toda a segurança, eu também costumava passar por ali, ao retorno das minhas caminhas pela praia, e ficava a ler os painéis onde exibem a biografia dos mais ilustres alagoanos, entre os quais cito alguns, pelo que a memória me permite no momento: Graciliano Ramos, Jorge de Lima, Aurélio Buarque de Holanda, Pontes de Miranda, Nise da Silveira, Lilly Lages, Rosalvo Ribeiro, Théo Brandão, Arthur Ramos, Jofre Soares, Linda Mascarenhas, Maestro Fon Fon, entre tantos outros que fizeram história em nossa Alagoas. Com o passar do tempo, vejo esses mesmos painéis riscados, pichados, dificultando uma releitura.
E o posto policial que havia ali?
Como foi depredado pelos próprios vândalos, resolveram desativá-lo, ao invés de reforçar a segurança. A partir daí, tornou-se um ponto de encontro de malfeitores, drogados, causando temor às pessoas de bem, que habitualmente se utilizam daquele espaço. E o que era chique passou a ser caótico, culminando com o assassinato de um médico que por ali passava em sua bicicleta, em mais uma de suas costumeiras pedaladas, atividade física de sua preferência, em busca de uma melhor qualidade de vida.
Com toda a indignação a sociedade se mobiliza para protestar contra o descaso das autoridades que desprezam as obras públicas, descuidando de sua manutenção, pelo fato de terem sido executadas por antecessores não aliados ao seu partido político. Como diria Boris Casoy, “ISTO É UMA VERGONHA!”.