Tem certas coisas que não sei dizer.(EC)
Tem certas coisas que não sei dizer, por isso escrevo. A palavra escrita é minha arma secreta para dizer tudo o que preciso. Tudo o que quero. Ou devo. A palavra falada muitas vezes se prende na garganta e não sai. A primeira que empaca vai segurando as outras, que se atropelam na ânsia de sair. Formam um bolo incoerente, vão perdendo a ordem e se alguma logra sair, fica perdida, sem saber o que fazer. Perde completamente o contato com a mente ordenadora e só faz bobagem. Esfacela-se. Fragmentos incoerentes logo põem tudo a perder. Dela não se pode arrepender. Falou, está falado, não há como empurrá-la de volta como se nunca tivesse saído. Se fez o bem, mesmo arrependida, menos mal. Mas se fez o mal, o malfeito pode se tornar uma marca indelével. Uma cicatriz.
Mas a palavra escrita, não. É com ela que mostro tudo o que sinto, de bom ou de ruim. É com ela que atinjo o outro de forma bem preparada, estudada. Não a deixo sair em vão. Cuido dela para que atinja o alvo desejado. Cuido dela para que espalhe coisas boas e não más. Cuido dela para que não volte para mim como um bumerangue.
Esse é o meu milésimo texto aqui no RL. Seja lá qual fosse o tema proposto, teria que comentar esse fato. Não sabia como encaixá-lo aqui e até pensei em não participar. Mas isso seria covardia de minha parte.
Sobre o Recanto tem certas coisas que não sei dizer. Tem certas coisas que não quero dizer. Outras, não posso. Mas queria dizer muitas coisas, todas boas. Porque aqui é o meu recanto, o meu refúgio. É aqui que coloco para fora o que se ficasse dentro poderia me matar. Então, escrevo. Mas é incrível como as palavras fogem de mim! Eu quero dizer tudo de bom para todos com quem aqui convivo, mas não estou conseguindo. Meus dedos não conseguem obedecer a minha cabeça nem ao meu coração. Penso em um, penso em todos, penso no bem que me fizeram, na alegria que me deram. Meu Deus! Acabo de descobrir que tem certas coisas que também não sei escrever. Penso em um, penso em todos, penso em como se tornaram importantes para mim, mas não vai dar. Desculpem-me, por favor. Eu gosto muito de vocês. Obrigada.
http://encantodasletras.50webs.com/certascoisas.htm (para ver os outros autores)
Tem certas coisas que não sei dizer, por isso escrevo. A palavra escrita é minha arma secreta para dizer tudo o que preciso. Tudo o que quero. Ou devo. A palavra falada muitas vezes se prende na garganta e não sai. A primeira que empaca vai segurando as outras, que se atropelam na ânsia de sair. Formam um bolo incoerente, vão perdendo a ordem e se alguma logra sair, fica perdida, sem saber o que fazer. Perde completamente o contato com a mente ordenadora e só faz bobagem. Esfacela-se. Fragmentos incoerentes logo põem tudo a perder. Dela não se pode arrepender. Falou, está falado, não há como empurrá-la de volta como se nunca tivesse saído. Se fez o bem, mesmo arrependida, menos mal. Mas se fez o mal, o malfeito pode se tornar uma marca indelével. Uma cicatriz.
Mas a palavra escrita, não. É com ela que mostro tudo o que sinto, de bom ou de ruim. É com ela que atinjo o outro de forma bem preparada, estudada. Não a deixo sair em vão. Cuido dela para que atinja o alvo desejado. Cuido dela para que espalhe coisas boas e não más. Cuido dela para que não volte para mim como um bumerangue.
Esse é o meu milésimo texto aqui no RL. Seja lá qual fosse o tema proposto, teria que comentar esse fato. Não sabia como encaixá-lo aqui e até pensei em não participar. Mas isso seria covardia de minha parte.
Sobre o Recanto tem certas coisas que não sei dizer. Tem certas coisas que não quero dizer. Outras, não posso. Mas queria dizer muitas coisas, todas boas. Porque aqui é o meu recanto, o meu refúgio. É aqui que coloco para fora o que se ficasse dentro poderia me matar. Então, escrevo. Mas é incrível como as palavras fogem de mim! Eu quero dizer tudo de bom para todos com quem aqui convivo, mas não estou conseguindo. Meus dedos não conseguem obedecer a minha cabeça nem ao meu coração. Penso em um, penso em todos, penso no bem que me fizeram, na alegria que me deram. Meu Deus! Acabo de descobrir que tem certas coisas que também não sei escrever. Penso em um, penso em todos, penso em como se tornaram importantes para mim, mas não vai dar. Desculpem-me, por favor. Eu gosto muito de vocês. Obrigada.
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