Da Cama para o Sofá*
 
        
    
 
         Desde que li o livro “Crônicas Anacrônicas” do escritor mossoroense Obery Rodrigues  passei a alimentar o sonho de conhecer pessoalmente o autor que fala das coisas simples da vida de maneira tão apaixonante que nos faz mergulhar na complexidade de nossas próprias existências.

         Nascia ali uma amizade que crescia com troca de e-mail, cartas, telefonemas e novas leituras. Ano passado, no dia de seu aniversário prometi a sua filha Simone que iria a Natal e participaria daquele momento especial para meu novo velho amigo.

          Infelizmente fiquei presa a um compromisso profissional e não tive a alegria de conhecer o senhor Obery. Participaram daquele momento meus amigos 
Raimundo Antonio  – responsável pela entrada de Seu Obery em minha vida e Edna Lopes , a alagoana que consegue reunir os potiguares.

          Outras vezes marquei a viagem, mas sempre acontecia algum imprevisto e minha ansiedade crescia, na mesma medida que crescia o desejo e o respeito por aquele que me conquistou pela palavra. Finalmente, dia 29/05 o encontro aconteceu. Mais uma vez Edna esteve em Natal e foi quem iniciou o planejamento da visita, junto com sua filha 
Simone.

          Foi uma noite inesquecível. V
aleu a espera. Fomos recebidos (Eu, Edna e Zilma) em sua residência como amigos de longa datas.  Lá estavam seus filhos, genros, noras e netos. Uma família alegre, educada, gentil e que me encantou, acima de tudo, pelo respeito ao seu patriarca.

          Descrever o senhor Obery é tarefa que não me atrevo a fazer. Sua serenidade, a autoridade que transmite no olhar que viu o lado bom e ruim das pessoas, os passos que parecem conhecer os caminhos da vida e sempre escolhe percorrer as estradas da honra, do respeito e dignidade, suas palavras, sempre gentis, mas firmes, sua delicadeza em nos receber em sua residência e ainda chamar a família inteira para nos apresentar. Seu orgulho ao falar dos filhos, noras, genros e netas – inclusive da arquiteta laureada.

          
Impossível não registrar o amor, carinho e respeito por sua Brasília, a mãe de seus filhos, companheira fiel de toda uma vida. Uma mulher de olhar sereno e beleza aristocrata. Foi esta a família que “seu” Obery nos apresentou. Tudo isso, e muito mais que não consigo colocar em palavras, faz de “Seu” Obery uma figura ímpar, um ser humano especial. Um escritor de memória privilegiada e um historiador que precisa ser descoberto pelo grande público. 

            Foi este escritor que tive o prazer de abraçar e constatar que o homem que existe atrás daquelas belas crônicas é muito maior do que as palavras podem dizer.
Obrigada Sr. Obery. Obrigada Simone. Obrigada a todos desta bela e imensa família pela receptividade, pela alegria e beleza do encontro. Deus abençoe todos vocês – SEMPRE.

           Quando Omar foi me pegar eu estava leve, feliz como uma criança que ganha seu primeiro presente de natal. Eu realmente ganhara um maravilhoso presente. Conhecer seu obery, foi, sem dúvida, um presente dos deuses da vida, da poesia, da amizade. E ainda ganhei flores para perfumar meu retorno a Mossoró.






           Registro de alguns momentos na residência do Sr. Obery Rodrigues - Natal/RN - 29/05/2012


*Referência a um texto que escrevi sobre o livro de  Obery  http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/2085297


Leiam o comentário/carta de Obery  ao meu texto aqui http://www.recantodasletras.com.br/cartas/3713523


 
Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 02/06/2012
Reeditado em 31/03/2013
Código do texto: T3702220
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