AMIZADE VIRTUAL.

No correr da vida angariamos incontáveis conhecidos. Muitos se tornam amigos. Alguns são festa, de infância mesmo, tenho alguns dessa ordem temporal.

Ontem um amigo que não vejo faz tempo me telefona. Depois de colocar o papo em dia, uma consulta, nada jurídico apesar de ser ele um “expert” em direito e trocarmos ideias sobre nossa ciência.

A consulta era sobre esmeraldas....imagina.Meu avô italiano era relojoeiro, eu e meu pai fomos aficcionados de relógios, eu avancei em pedras, também, por gosto.

Alguém precisava avaliar e vender algumas esmeraldas para subsidiar estudos da filha. Como conheço um pouco de pedras, principalmente brilhantes, sabia que eu poderia dar uma posição. E dei. Indiquei quem com segurança iria arbitrar, o famoso “piloto”, ourives de mão cheia próximo da Confeitaria Colombo no Rio, Rua Uruguaiana, que faz o que você quiser por um quinto do preço do mercado, absolutamente perfeito.

Depois de terminado o telefone falei com minha mulher. Me arrependo de ter me desfeito da minha coleção de moedas de ouro, além de lindas, com valor (hoje) de monta.

Quando o ouro começou o inicio da derrubada como lastro, na economia mundial,iniciada na Inglaterra, vendi tudo. O ouro foi reserva de economia de muitas nações, hoje a moeda é virtual, contábil, já foi ouro como lastro de armazenamento de riqueza nacional.

Começa de novo o ouro a sua “marcha”. É um bom investimento, não como jóia, como ativo, como jóia paga-se o feitio e o valor-grama é maximizado, na hora de realizar ( passar a dinheiro, vender a jóia) perde-se muito.

Mesmo moedas com valor intrínseco, peso ouro, diverso do dólar de ouro, com valor extrínseco, hoje é bom negócio, embora nisso não invista mais. Dá um pouco de trabalho.

Já que isso declino, bom de informar, não recomendo ouro em investimento por certificado, como ocorreu faz tempo com “gado de engorda”, arriscado. O ouro tem que ser comprado FISICAMENTE, em barras ou moeda e guardar. Gostava de olhar os Krughan, moeda maravilhosa em desenho.

As amizades....são assim, levam histórias.

Agora surgem amizades virtuais, interessantes. O Marcio ontem me consultou por saber que eu saberia algo sobre o tema, uma indicação ao menos de quem sabia.

As amizades virtuais são diferentes e extrardinárias por serem distantes e tão próximas. Por quê? Estamos mais presentes, quase diariamente, via antena, do que amigos que por vezes custamos a encontrar.

E essas amizades se fortificam, e há uma razão, nossas almas estão navegando nas trocas, se mostram, nas crônicas, em poesias, enfim , na comunicação pluralizada.

O ato de escrever, além de intimista, põe nossas emoções bailando nas letras.

Fiz bons amigos nesse espaço, homenageio todos citando quatro, Anabailune, a moça inteligente e sagaz, cerebral e volátil, Maria Olimpia, a conduta ímpar da maturidade e experiência de vida que varre qualquer assunto com delicadeza, firmeza e propriedade, Marcelo Braga , o surrealista criativo e estudado, disseminando vanguardismos dos que sabem o que dizem, Heleida Braga, sutileza e sentimento amoroso em suas manifestações. Meu abraço a todos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 01/06/2012
Reeditado em 01/06/2012
Código do texto: T3699461
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