INCAPACIDADE...
Não consigo deixar de soltar as amarras liberando o pensamento a buscar o que não alcança, o mundo espiritual.
Compreendê-lo minimamente, distante da fé que defino como salto no escuro, e ao que me apego com forças subjetivas e objetivas, vale dizer, racionais e não racionais.
Acentuo e destaco sempre a incapacidade de compreensão que me envolve nesse terremoto de querer tornar tangível o intangível. E o pior, conhecemos a incompreensão, sabemos que não será ultrapassada e insistimos...nos entregamos à pesquisa......em vão.
Ao mundo espiritual e à ressurreição em corpo me coloco em total desrazão de conhecimento, mínimo seja, embora histórias expressivas de vidas anteriores conheça e já referi.
Todos temos uma única certeza na vida, vamos morrer um dia, só esse sinal nos marca desde o nascimento e é inútil considerar qualquer outra certeza.
Da mesma forma que se perde a consciência no sono e se deseja o mesmo para descansar, a morte é a liberdade para muitos e uma grande lição; você não pode morrer, existe algo mais que não se compreende e não deixa que a vida se torne uma piada.....
A onda vai à praia e volta ao mar, não se perde. Ela é una com o oceano como somos com o cosmos e à mutação espiritual e mesmo material. O corpo é mero invólucro; pense que pensamos....
O quê é pensar? Algo que em nada se transforma como tudo que é material, e só a materia morre para mudar a matéria de uma forma em outra. O imaterial não morre... o pensamento, o outro lado do nosso todo.
Quando seu corpo está cansado você se despe e vai ao campo da eternidade, como quando dorme para descansar.
Quando você está excessivamente desgastado, como acontece com doentes - exaustos pelo sofrimento para continuar carregando o pesado fardo da existência limitada - sofrendo as agruras da carne, a morte é libertação, parte-se para um despertar de paz e calma. E todos dizem, descansou.. O quê descansou? O espírito. Não há mais dor moral.....
Deus pode parecer extremamente cruel por nos negar entendimento, mas labora o contrário, a limitação para essa brevíssima passagem terrena, sem discernimento para grandes voos, milita no sentido de estar liberto pela insuficiência da compreensão, para abraçar infinito espaço maior, a eternidade.