Banho de “cachoeira”
Tem gente que adora se banhar em “cachoeira” e depois descansar à sombra. Depois de dinheiro em cueca, em meias, agora políticos nadam em cheias de contravenção e surfam em pororocas de corrupção. Ao povo as enchentes, arrastando bens e alguma esperança guardada em um velho criado-mudo. Cachoeira, o Carlinhos, amealhou amigos, fez irmãos e construiu uma corrente, onde os nossos representantes deram as mãos e apostaram no azar do povo e em benesses individuais. Com o bilhete sempre premiado, tais políticos retiravam seus prêmios “propinados” e lavavam em águas imundas na cachoeira da vergonha. Eles jogam com nossa ignorância e apostam sempre no azar, nós, que nem sabemos o que é o curinga, vivemos caindo sempre no blefe da justiça.
"Eu redescobri Deus”! O coitado com responsabilidades cósmicas e ainda tem que ouvir cantilenas do próprio Demo. No rio da fortuna fácil a correnteza ajuda sempre quem tem o barco preguiçoso e navega sempre a favor das facilitações. Nessa enxurrada de falta de vergonha e depredação do dinheiro público, não escapa nem aqueles antes ilibados, pois parece que todos deixaram seus ternos “Armani” e colocaram a sunga da mão grande e entraram para banharem-se na cachoeira. Imaginem, todos aqueles barrigudos de sunguinha e tentando esconder suas fortunas embaixo de uma barriga alimentada com o suor do povo e a improbidade de atos ilícitos.
Parece que o povo não sabe nadar ou não gosta de água, pois o piquenique do “tudo pode”, com direito a banho de cachoeira, ele não é convidado. Ao povo restam as apostas e a esperança de que um dia seja agraciado com o prêmio da loteca ou quem sabe acerte o milhar no jogo do bicho. Por enquanto, ficam as figas, as promessas e a inveja de ver quem nunca aposta e tem sempre a sorte de ganhar milhões.
A alta cúpula dos governantes anda se banhando demais e acertando sempre em seus jogos, que de azar não tem nada. Na cabeça deu a milhar, ou melhor, milhões para políticos sortudos e o povo que joga sempre nas urnas deu seu número, 3 (três), burro na cabeça.
MARIO PATERNOSTRO