Eu confesso minha saudade
De repente senti sua falta e queria muito te falar dela. Calma! Não é nada grave, eu sobrevivo. É só que me senti sozinha e cansada ao mesmo tempo. Pareceu t.a.n.t.o... Enorme, gigante. Um problema meio que sem solução. Deu vontade de chorar, e eu me abracei. Respirei fundo, engoli seco e franzi minhas sobrancelhas, daquele jeito que faço quando seguro choro, sabe? Pois é. Fiquei assim o dia todo. Achei que só duraria essa manhã, mas se estendeu por toda a tarde e já vi que a noite promete!
Mas pode deixar, sou esperta. Vou contar os minutos da janela, enquanto conto estrelas, enquanto você não chega, aí eu me distraio. Eu tento! Me esforço. Prometo que me comporto e não repito astro, nem pulo nenhum. Prometo! Mas me promete que vem logo? Promete que vem no próximo vento? E aí eu te espero na estação da saudade, com um bilhete intacto 'pro nosso próximo abraço.
Você tem que vir logo, enquanto eu despisto essa falta toda. Enquanto parto pra outro vagão...
Te aguardo com saudade acumulada na ponta da língua.