Eu confesso minha saudade

De repente senti sua falta e queria muito te falar dela. Calma! Não é nada grave, eu sobrevivo. É só que me senti sozinha e cansada ao mesmo tempo. Pareceu t.a.n.t.o... Enorme, gigante. Um problema meio que sem solução. Deu vontade de chorar, e eu me abracei. Respirei fundo, engoli seco e franzi minhas sobrancelhas, daquele jeito que faço quando seguro choro, sabe? Pois é. Fiquei assim o dia todo. Achei que só duraria essa manhã, mas se estendeu por toda a tarde e já vi que a noite promete!

Mas pode deixar, sou esperta. Vou contar os minutos da janela, enquanto conto estrelas, enquanto você não chega, aí eu me distraio. Eu tento! Me esforço. Prometo que me comporto e não repito astro, nem pulo nenhum. Prometo! Mas me promete que vem logo? Promete que vem no próximo vento? E aí eu te espero na estação da saudade, com um bilhete intacto 'pro nosso próximo abraço.

Você tem que vir logo, enquanto eu despisto essa falta toda. Enquanto parto pra outro vagão...

Te aguardo com saudade acumulada na ponta da língua.

AnaNunes
Enviado por AnaNunes em 31/05/2012
Reeditado em 31/03/2013
Código do texto: T3698137
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.