Usar a sensibilidade para perceber e interagir com o mundo de forma produtiva e desarmado de intenções, faz com que façamos objetivamente um trabalho em prol da paz. Temos a tendência a acreditar que a sensibilidade nos conduz à fraqueza. Isso é um engano. Existe nela um poder que é inexistente na maioria das posturas humanas.

Uma postura sensível aproxima as pessoas de nós. Todos têm necessidade de ser compreendidos. Mesmo que alguns, por medo, queiram se esconder, todos ficam felizes quando percebem que estão sendo entendidos em sua movimentação interna. Somente a partir de uma sensibilidade exercitada podemos fazer isso.

Abrir o campo da percepção e deixar o outro entrar em nós. Ter consciência do que está acontecendo e participar ativamente deste processo, faz de nós um líder. O líder busca sempre uma forma de fazer com que os seus liderados encontrem em si e no campo onde atuam as possibilidades para a manifestação de seu trabalho e missão.

O mundo carece de grandes líderes. As pessoas, com todas as mudanças sociais que houve nas últimas décadas se sentem meio perdidas, sem rumo. Todas as dúvidas a cerca do que devemos ou não fazer, nos deixam paralisados e isso só podemos superar com sensibilidade, atenção, consciência e um esforço contínuo e perceptivo.