AynKarim
 
       Ayn-Karim (em árabe) deve seu nome à fonte da praça (Ayn) e aos vinhedos (Karim) que a circundam. Em hebraico se diz Ein-Kerem. É uma daquelas vilas montanhosas de Judá e está a  sete quilômetros de Jerusalém.
        Diz-se que era em Ayn-Karim que residia Isabel esposa de Zacarias (sacerdote no Templo), primos de Maria, esposa de José de Nazaré. Aliás, Nazaré dista 150km de Ayn-Karim.
        Narra o evangelista Lucas que após dar o seu “sim” ao anjo, Maria ouviu do mesmo anjo, aliás, o arcanjo São Gabriel, que Isabel, sua parenta, estava grávida de seis meses. E, Maria, por certo iluminada pelo Espírito Santo, pressentiu que o Verbo humanado em seu ventre queria desde já manifestar ao mundo a sua misericórdia.

Assim, a Virgem querendo prestar solidariedade efetiva à sua parenta, não calculou a distância, nem colocou dificuldades para o percurso e decidiu partir para ajudá-la. A caridade é assim, prestativa. A caridade é a virtude dos que amam de verdade. Maria não se preocupou com salteadores nem com a altura dos montes e percorreu  150km com o coração desejoso de prestar serviço a sua prima Isabel.
     Contemplo nesta noite minha modesta coleção de ícones da Visitação e (não que eu seja melodramático) sinto vergonha (escondido de vergonha de Deus), porque todas as vezes que decidimos fazer o bem surgem “montanhas” de críticas, calúnias, zombarias, perseguições e contradições à nossa frente, e isso faz com que tantos não tenham sequer coragem de atravessar uma rua para dar uma palavra de conforto para uma família que necessita de ajuda.
Nesta festa da Visitação de Maria a Isabel  me congratulo com todos os homens e mulheres que não adiam o bem que podem fazer hoje e caminham ao encontro daqueles que necessitam de nossa presença e ajuda.
Santa Maria–causa da nossa alegria- rogai por nós!