CONTRASTES
CONTRASTES
Já me referi, numa crônica, sobre antigos prédios existentes em Santo André, não mais hoje encontrados, substituídos por novas construções. Os tempos modernos exigiram. Citei, entre outros, a antiga sinagoga localizada na esquina da Rua Siqueira Campos, com a Travessa Lourenço Rondinelli. No lugar está um moderno prédio com restaurante. Bem como a Casa Tóquio, do Tetsuo Murakami, bom amigo, na esquina da General Glicério com Oliveira Lima. O Lojão do Brás tomou conta construindo uma enorme loja, com entrada, inclusive, pela Rua Campos Sales. Mencionei, igualmente,
as residências dos Lucchesi e Vezzá, a Vila Rosa da Avenida Portugal, o casarão do Oliver Tognato na Avenida Dom Pedro II, a antiga Atlantis, fabricante do famoso Anil Kohlmann, na Padre Anchieta, estas últimas duas dando lugar para imensos condomínios de apartamentos. Como um tsunami, as exigências do mundo moderno vêm varrendo tradicionais construções, prédios históricos levando de roldão parte da memória de nossa cidade. Fazer o quê? A explosão demográfica e a especulação imobiliária causam tais conseqüências. Não existem mais, praticamente, terrenos vagos. Então, a procura por imóveis com a finalidade de construção de conjuntos habitacionais é imensa.
O grande problema está na falta de infra-estrutura para atender essa demanda. As vias públicas continuam mantendo suas medidas. As redes de água e de esgoto não sofreram qualquer alteração.
Em conclusão, cada vez mais a vida na cidade, que teve seu período de pacato aglomerado urbano, se torna difícil, provocando todo tipo de transtorno aos moradores.
Será que ainda é tempo para um planejamento visando amenizar esses problemas?
Entendo que nunca é tarde!