NA CÂMARA EXISTE MOTOS/SERRA
NA CÂMARA EXISTE MOTOS/SERRA
“Os melhores perfumes vêm sempre em frascos miúdos. As grandes amizades se provam nos gestos pequenos. Coração sem inteligência é um perigo, inteligência sem coração é um desastre.” (Luiz Brand).
Os políticos brasileiros deveriam entrar num jejum rigoroso, visto que já comeram demais. Jejum privação de alimentos por determinação religiosa, penitência ou descrição médica. A prática de jejuar é muito usada em algumas religiões como forma de purificar o corpo e o espírito. No espiritismo, o jejum é tido como algo inútil à purificação do corpo e do espírito. Os espíritas aceitam os passes como uma forma de purificação. O espírito evolui se purifica, através das orações que fazemos por eles. É de bom alvitre que a população tem feito preces e orações homéricas para afastar os espíritos maus da política brasileira, mas não tem surtido o efeito desejado. Eles são gananciosos, egoístas, pretensiosos, gostam de se locupletar e, o divino para eles é o vil metal.
Os emaranhados de corrupções que assolam a política brasileira nos causam nojo, ojeriza, que significa a má vontade contra alguém, antipatia a uma pessoa ou coisa. É isso aí que a maioria dos políticos brasileiros nos causa. Cada dia um cenário estranho abala os alicerces, e tremem os pilotis da Câmara e do Senado Federal. Agora a novidade fica por conta do deputado motos/serra. “irregular PV e PSOL alegam que indicação de Paulo Piau para a relatoria do Código Florestal infringiu Código de ética”. A ética é coisa rara atualmente no plenário brasileiro.
“Mais de 40% dos custos da campanha do relator do Código Florestal, Paulo Piau, foram bancados por gigantes do agronegócio. Partidos tentam impugnar relatório. Como denotamos são casos de corrupções de diversos matizes que nascem e florescem na política nacional”. Deputado Paulo Piau (PMDB-MG) é um político bem ao estilo mineiro. Afável no trato, e com um discurso que raramente despertava polêmicas, o peemedebista surpreendeu até os mais próximos como relator do novo Código Florestal, como nos informa Izabelle Torres, jornalista da revista “Isto É”. O relator do novo Código Florestal, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), apresentou na última quinta-feira (19) seu parecer à proposta que foi aprovada pelo Senado Federal.
Piau tinha até segunda-feira (23) para apresentar o parecer, mas preferiu entregá-lo antes a fim de que os deputados possam analisá-lo para a votação que está marcada para o início da próxima semana. Ele ressaltou ainda que, com a apresentação antes do prazo, os deputados não poderão reclamar que tiveram pouco tempo para analisar a matéria. A persuasão é pródiga na cabeça do deputado federal. Ele ridicularizou e seu texto incorporou na íntegra os desejos dos ruralistas.
“Mesmo correndo o risco de sofrer represálias no meu relatório, com mais tempo para a análise, resolvi entregar hoje. Se alguém tiver alguma crítica, ainda temos tempo para consertar. Pois só termina com a votação em plenário”, disse Paulo Piau. O relator informou que retirou do texto aprovado pelo Senado o Artigo 62 que trata das áreas de preservação permanente (APPs) às margens de rios, para que o assunto seja tratado em outro momento por meio de projeto de lei ou medida provisória. O deputado bateu de frente, porém com as modernas tendências ambientalistas e, com isso, tem ocupado horas de trabalho da presidenta Dilma Rousseff, que está analisando vetos para fechar as brechas que possibilitam o desmatamento e a morte das florestas brasileiras.
O desejo de se locupletar trazendo benefícios para si está-nos mais de 40% dos custos que foram bancados por gigantes do agronegócio. Se o Código fosse aprovado na íntegra seria mais um bilionário em nossa política. Conforme informa Lolando Lourenço da Agência Brasil, O deputado admitiu que o texto apresentado não fosse consensual e não conta com o apoio do governo. “O governo continua na mesma posição de dizer que seu projeto é o aprovado no Senado”. Segundo ele, o debate para a votação deverá ser acirrado independentemente das alterações que ele promoveu, e que caberá ao plenário decidir sobre o texto na hora da votação.
Outra modificação no texto do Senado feita pelo relator foi à retirada da proibição para que produtores rurais que não promoverem a regularização ambiental em cinco anos sejam impedidos de receber crédito agrícola. Piau também suprimiu do texto o capítulo que trata do uso de apicuns e salgados (biomas costeiros). Mais uma supressão feita, foi a do dispositivo que trata da definição de APPs nas cidades, incluído pelo Senado. O texto suprimido prevê que, nos casos das expansões urbanas, deveriam ser reservados 20 metros quadrados de vegetação por habitante. “A medida iria encarecer os terrenos, principalmente para os programas sociais”, explicou o relator.
De acordo com Paulo Piau, ambientalistas ou ruralistas não sairão perdendo ou ganhando com o novo código. “Acho que o projeto está equilibrado, é extremamente ambientalista para o futuro. Nenhum país do mundo tem faixa de beira do rio de 30 a 500 metros. O Brasil tem. E nenhum país do mundo tem reserva legal até 80% dentro da propriedade privada, como é o caso da Amazônia”. O que resta da Mata Atlântica é sabidamente nada, a posteriori poderá acontecer o mesmo com a floresta Amazônica se a fúria do desmatamento não for contida. Os silvícolas brasileiros estão preocupados e já fazem manifestações.
Os principais problemas da proposta do Código Florestal é que estimula novos desmatamentos, anula multas de crimes ambientais, reduz Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de reservas legais e desobriga a recuperação da grande maioria das áreas ilegalmente desmatadas. Kenzo Jucá, especialista em políticas públicas do WWF-Brasil, afirma que “o texto aprovado no Senado é extremamente ruim e representa um retrocesso na legislação brasileira”. “Por isso, defendemos que a única solução é o veto da presidente, caso a Câmara dos Deputados insista em votar o projeto no dia 24”, diz ele.
Apesar dos pedidos de cientistas, juristas, organizações da sociedade civil e movimentos sociais para que o processo seja revisto e realizado de forma responsável, o texto deve entrar na pauta da Câmara na próxima semana. O texto do relator Paulo Piau, porém, ainda não foi apresentado. Para Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, “o cenário é muito preocupante”. “O governo joga com o público ao dizer que quer o relatório antes, mas a previsão é que o texto saia na véspera da votação para evitar pressão da sociedade civil. O desenho está se dando como foi na última votação na Câmara, ou seja, na base da chantagem”, afirma. Ele diz ainda que teme que todas as controvérsias contidas na Emenda 164 voltem nesse novo relatório.
Um problema muito série a ser resolvido com muita rapidez e perspicácia por parte de nossos representantes. O relatório do deputado motosserra é claramente a favor do agronegócio, está na mira de um grupo de parlamentares que tenta levar adiante a guerra contra sua indicação. Alguns acham que ainda é possível impugnar o seu trabalho como relator do Código Florestal. As nuanças são traçadas, estudadas para que as florestas brasileiras não sejam exterminadas pela sanha assassina dos agropecuaristas que só pensam em si, e esquecem a população que desfrutam de alimentos provindos dessas matas. Enquanto os debates burocráticos dominam a questão da Câmara, a sociedade, como revelou a última edição da revista epigrafada, se mobiliza para que a presidenta Dilma vete artigos do novo Código.
É mais um problema que mexe com os anseios da população que já não sabe mais como enfrentar o estresse e a ansiedade do dia a dia. O problema maior é que políticos não pensam no futuro e se amarram no presente. O conhecimento de causa parece não existir na cabeça de alguns deputados que são nomeados relatores. É bom saber que a origem do conhecimento foi e continua sendo uma das primeiras preocupações dos filósofos. Se os nossos políticos tivesse o habito de filosofar a situação seria outra. Ao longo da história, as tentativas mais bem sucedidas foram justamente àquelas desenvolvidas por Platão (473-347)- (A.C.,), Aristóteles (383 -322 A. C.,) e seus seguidores.
Quantos anos se passaram e a evolução filosófica do homem deveria ser outra, mas transparece que de nada adiantou os grandes ensinamentos dos mestres do passado, pois o político de hoje aderiu de corpo e alma ao materialismo. A situação política brasileira caminha para um cadafalso e qualquer deslize será o fim de tudo. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AVSPE- DA ALOMERCE E DA AOUVIRCE