Filho da Puta de Cesar.
César andava mais duro que um côco, devendo pra deus e todo mundo. Estava num shopping com o notebook conectado numa internet gratuita quando viu seu Fumil, um credor, vindo em sua direção. Quando seu Fumil está a dois passos, ele pensa rápido e clica numa imagem semi-pronta de um extrato bancário onde há um depósito considerável e o saldo mais ainda, e se põe a falar no telefone:
- Aloa, poxa velho, ainda bem que você me depositou essa grana, eu estava muito preocupado. Agora posso pagar o seu Fumil.
Seu Fumil pára bruscamente, dá meia volta e vai embora, e no caminho vai pensando:
- Caramba fui muito imprudente, quase que abordei seu César desnecessariamente. Amanha ele deposita na minha conta e está tudo certo.
Um outro credor, seu Guilherme, que havia visto a cena, sai correndo atrás do seu Fumil e conta como ele havia sido enganado. Seu Fumil diz:
- Filho da puta de César, agora ele me paga.
César vê que seu Fumil vem de novo ao seu encontro, e com ele, desta vez, traz seu Guilherme.
- Oh Guilherme traidor! O que faço agora? Pensou César.
Em vez de alarmar-se, ele ficou de costas, como se não tivesse vendo nada. Quando os dois estão prontos pra aborda-lo, ele, de novo pega o telefone e agora de pé, começa a falar, meio alto:
- Aloa, deixa eu falar com a Ana, minha secretária. E continuou.
- Ana, você pagou seu Fumil e Guilherme?
- Ah.. eles não estavam na empresa?
- Sim, mas você deixou o dinheiro lá?
E sai andando falando ao celular, meio devagar, meio de viés, meio de lado, dando a sensação de alívio, enquanto os dois credores ficam ali, de pé, sem saber o que fazer.
- Ah tá, pegou o recibo?
- Beleza, graças a Deus, beijo, tchau.
Moral da história: “Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento”.