Mulheres de sessenta

 


 

 

Outro dia, em uma crônica, a Anita D Cambuim falou com certa ironia das mulheres de sessenta. Que tem certeza de que aquelas mensagens de propagandas antigas foram formatadas por elas. Dei risada e fiquei pensando. Se foram mesmo, elas (ou eles) devem estar muito bem, pois apesar da idade sabem como tirar proveito do computador... Eu não sei formatar nada. Além do mais, as propagandas antigas eram desenhadas, tinham letras rebuscadas e slogans que marcaram época. Algumas eram muito bonitas e o que é bonito deve ser mostrado. Não deixam de ser um registro histórico. Assim os jovens podem fazer uma ideia de como funcionavam certas coisas antes da chegada deles ao mundo...

 

Talvez as mulheres de sessenta gostem de dizer que têm sessenta porque já não podem mais esconder a idade. Não dá pra disfarçar e dizer que têm cinquenta. Algumas costumam estacionar pelos quarenta e cinco e chega um dia em que se vêem atrapalhadas, porque se fizermos as contas, falta pouco para seus filhos alcançá-las. Mas isso não é ‘privilégio’ feminino. Tem aquela piada em que a mulher encontra um coroa que ela julga ter sido seu colega de escola. Para certificar-se pergunta qual era a turma dele. Exatamente a sua classe! Só que o safado cheio de rugas, barrigudo e careca também faz uma pergunta: e a senhora, era professora de quê? ...

 

Já que não se pode voltar aos quarenta, o melhor mesmo é dizer que tem sessenta (ou mais) e dar graças por ter chegado lá. Com boa saúde, melhor ainda. E se não estiver boa, é cuidar de tratá-la.

 

 

 

 

(*) Leiam Anita D Cambuim, vocês vão gostar.

 

 

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