Despedida do irmão mais velho e sua esposa

Hoje foi um dia iniciado com os planos de um almoço pra reunir uma parte da família para a despedida do meu irmão mais velho e sua esposa. Minha mãe, minha avó, tias e madrinha juntaram-se para por as panelas no fogo e por a mão na massa.

Tudo dentro dos conformes para cada um ajudar no que pudesse e soubesse fazer - venhamos e convenhamos que quem não sabe mexer com temperos e todos os ingredientes, iria acabar fazendo uma "arte" e não ia ser legal dar uma garfada numa quantia exagerada de sal, ou pior ainda, pimenta.

Compraram um bom filme para após o almoço, compraram umas cervejas - coisa de brasileiro, juntar a família num domingo para no almoço a "loira" ser a bebida principal, apelido carinhoso dado pelos consumidores da mesma.

Após o filme, os ânimos se acalmam dando lugar ao que, não em todos, mas na maioria está segurando para não expor para todos.

Um tio nosso, Luiz Carlos, dá um abraço no meu irmão mais velho que está para voltar para São Paulo - onde mora atualmente por conta da falta de emprego na cidade natal na PB - e não aguentou o que a maioria não estava muito avontade de mostrar, lágrimas. Isso mesmo, um belo abraço entre o sobrinho e um dos tios mais engraçados da família provocou essa reação. Mas acho que não foi o abraço.

O que motiva a uma pessoa a chorar, quando se trata de lágrimas de saudades? Simples: amor. Uma coisa que muitos, hoje em dia, não dão mais aquela importância. Mas quem é que está perdendo com isso, não é verdade?

Um cara, como citei no texto "irmão mais velho" que é chato, resmungão, fala palavrão quando acontece algo que não o agrada, mas citado também que ninguém é perfeito, porquê ele seria?! Mas o importante é o que cada um é para família, e Wellington e Daniele, sua esposa são é o que cada indivíduo sente por eles, nada mais do que um particular.

As emoções rolam por aqui, pensando que a cada hora, minuto e segundo que passa, diminui o tempo de compartilhar algo com quem você vê apenas uma vez por ano. É o sentimento que invade o meu coração agora, pensando que o tempo que passei com eles nesses 25 dias não foram o suficientes. Preciso de mais uns dias pra repor o que falta ser compartilhado.

E vendo meu irmão segurando o celular da nossa irmã caçula e com os olhos vermelhos, vejo que vai ser igual a primeira vez de quando ele se despediu da família, só que dessa vez com algumas coisas a mais. Tipo... É provado que quando essas pessoas voltam pra rever os parentes, ao sair, vão deixar mais saudades - eles nem saíram ainda e a saudade já começa a "mostrar" as caras; sabendo que eles tem que voltar por conta do trabalho e vida pessoal é mais do que entendido pois, eles morando na ciade natal sem emprego iria apenas gerar transtornos; e pra finalizar, não garanto segurar o que agora eu sinto, pois da primeira vez que eles viajaram eu agi como se eles fossem para a capital João Pessoa, mas não dessa vez. A falta que ele e a esposa fazem é realmente inevitável.

Wellison Pontes
Enviado por Wellison Pontes em 27/05/2012
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