Como se safar de um malhador no estrangeiro

 

 

 

Um amigo que esteve recentemente na França, contou que um dia viu um homem abordando pessoas na rua. Mostrando uma folha de papel, ele parava o transeunte e falava, falava... depois seguia ao encontro de outro. Certamente pedia dinheiro ou um auxílio qualquer. Malhação, na certa. Imaginando que o sujeito fosse abordá-lo também, ficou pensando em como se safar, já que não fala quase nada de francês. Não deu outra, logo o malhador chegou até ele e começou o discurso. Ele ficou ouvindo com cara séria e na primeira brecha perguntou: Como???... Guarratinguetá?... O homem se atrapalhou, disse que não tinha entendido, balbuciou alguma coisa, mas insistente retomou a ladainha. Meu amigo logo o interrompeu levantando as mãos, como se tivesse descoberto a América: Oh! é Arrarraquarrá! Diante do olhar assustado do outro, ele arrematou: Já sei! Só pode ser Pindamonhangabá! Então o malhador soltou bruscamente umas tantas palavras e foi saindo de perto. Contente com o resultado da brincadeira, meu amigo seguiu seu caminho sem saber exatamente o que o homem queria, mas com a certeza de que suas últimas palavras tinham sido sonoros palavrões.