17 - A Tenho à minha espera

A ternura que

muito

me negavam;

O sorriso que

muito

me mentia,

Os lábios que

muito

se esquivavam;

Os braços que

há muito

se encolhiam;

Mesmo que

a ternura

seja só

hoje

e

acabe

amanhã;

Sem mais

Mesmo que

os lábios,

os braços

e o sorriso

sejam

hoje.

Sem mais.

Entre Lisboa e Ponta Delgada

6 de Outubro de 2010

Mário Moura