Menos Vivo

Perdi quem eu amava. Eu a amava. Ela não! Eu a queria, ela não! Ela me deu uma chance. Eu fui atrás. Perdi. Eu insisti! Quebrei a cara! Eu a lisonjeei, ela fugiu! Eu a elogiei, ela não escutou. Eu a amei, ela não quis. O meu choro, é uma morte! Hoje estou menos Alex. Estou morto por dentro. Morri, por ela. Me perdi. Ela não quis. Brigou comigo. Inventou uma desculpa! A felicidade não existe. Por que insisto? Por que não aprendo, que tenho que desistir de quem não me merece? Por que não sou igual aos outros? Por que quero tratar bem, se o bom é ser igual aos outros! Porque quero ser gentil, se ela não merece? Por que não volto ao tempo dos meninos afoitos? Por que não consigo ser bobo? Por que tenho que amar sempre? Por que insistir nisso? Por que querer o que ninguém quer: o verdadeiro amor!

Por que querer enfrentar o destino nordestino, de ter que viver miseravelmente brigando com tudo e com todos. Será que o nordeste não sairá de mim? Por que não ser nordestino como os antigos? Que enxergam no sertão a beleza da vida. Por que fugir da verdade: a tristeza. Por que querer gelar o coração, ficar animadinho, fingindo estar feliz, se a verdade é o sofrimento? Por que querer ser menino, atrás de menina?

Por que não digo a mim mesmo: a vida é feita dos momentos tristes. Desistir de alguém é saber a verdade.

arrab xela
Enviado por arrab xela em 25/05/2012
Reeditado em 18/01/2013
Código do texto: T3687577
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