RETRATOS
Lembranças são como retratos no álbum da nossa vida...
Lembro-me do revellion de 1988 quando o navio Bateau Mouche, com 153 passageiros, ansiosos para ver a queima de fogos na praia de Copacabana, naufragou na Baia da Guanabara, matando 55 pessoas. Entre elas, a atriz Yara Amaral. Uma tragédia que ofuscou o brilho da passagem de ano.
Uma noite, especificamente em 21 de abril de 1985, sozinha eu assistia TV quando, inesperadamente, a programação foi interrompida por aquele som característico de más notícias da Globo. Antônio Brito, porta voz do governo, anunciava a morte do Presidente Tancredo Neves que, eleito por um Colégio Eleitoral, não chegou a tomar posse. Foi, talvez, o melhor presidente que o Brasil não teve.
Em 1970 eu tinha 19 anos e, em plena Ditadura Militar, em pleno inverno gaúcho, eu pulei o melhor carnaval da minha vida. Era 21 de junho e a Seleção Brasileira de Futebol conquistava o Tri Campeonato Mundial. Enquanto Médici governava com mão de ferro e decretos, o povo vibrava pela conquista da taça Jules Rimet, esquecido momentaneamente que, nos porões e nas prisões, vidas jovens eram arrancadas a ferro e fogo do cenário nacional.
Lembro-me como se hoje fosse do meu entusiasmo em 20 de julho de 1969. A TV transmitia, em preto e branco ainda, a chegada do homem na Lua. Um pequeno passo para um homem, um grande passo para a humanidade, dizia Neil Armstrong. A corrida espacial atingia seu ápice. Tenho três álbuns com reportagens e fotos que eu recortava do jornal O Correio do Povo e colava com goma arábica! Puxa, isso tem quase 43 anos!
Aliás, tudo o que aqui mencionei não é nada adolescente! O fato mais jovem tem, no mínimo, 27 anos! Mas são lembranças que fazem parte da História. São como retratos da história que eu vi, ouvi e vivi!
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@ Indico as crônicas da Lenapena!