Dois Rios
Em um lugar perto daqui houve um assassinato.
Um crime no banheiro.
O sangue se esvaiu pelo ralo da banheira.
Aprender para valer.
O que será de nós?
Ela teve medo, mas fugiu, antes.
Não se sabe ao certo, para onde foi.
Ela escapou da testemunha.
Para ela a vida é a fração da felicidade, versando sobre: a lei de causa e efeito, e a da purificação.
Mas, o que a instiga: é a lei da afinidade.
Ela supra seguir esse destino tão perigoso.
Como lutar? Com se aproximar mais, se não há clareza dos caminhos.
Dois rios tão rasos e curtos.
Sem saber qual levará ao desfiladeiro fatal, ou ao caminho do oceano paradisíaco?
Ela não sabe como sair desse jogo.
Um dos rios segue, e outro termina onde começou.
Tudo para ela é fuga e medo, e um desejo insano.
Mas ela quer encontrar a sua felicidade, mesmo que profana.
Ela não desiste.
Quem será a sua vítima dessa vez?
Para onde ela vai tentar agora?
Arriscou ir onde o perigo se encontra novo.
Perigo por perigo, ela se sente atraída.
Mais uma vez: houve um crime no banheiro.
O sangue desceu lentamente pelo estreito da banheira.
Ela se desfez dos fatos de forma rápida, e saiu lentamente.
Pois, é uma profissional.
Ela revela estar cansada desse frenesi impulsivo.
Deseja ardentemente sair.
Parece que desta vez ela logrou a saída.
Logo a vontade e o desejo bateu fome de novo, e, ela volta.
Mas para onde ela foi?
Aonde tudo começou.
Sua fome não tem fim.