AQUELA PRACINHA
Sabe aquela pracinha? Que fica perto do colégio, onde os alunos conviviam antes, ou depois, das aulas?
Lembra? De quando se podia ouvir o trem que passava naquela linha férrea.
Lembrou?
Bem, aquela pracinha agora é lembrança de um tempo, que ainda que mal entendido, foi um tempo.
Tempo em que a poesia era vivida, já que não se tinha tempo para escreve-la.
Tempo de sonhos de mudar tudo o que parecia pedrado.
Tempo de amores, revoltas, brigas de amor e musicas barulhentas.
E olha que foi naquela pracinha, que ficava perto do colégio, onde o primeiro beijo aconteceu como um ato consentido de dois, mas que agora é personagem alegórico de um passado que vai ficando cada vez mais distante, assim como aqueles que alí sentavam na grama e versavam a prosa da hora.
Quantos rostos, quantas histórias, quanto tempo. Tudo isso alí naquela pracinha, próxima ao colégio... Que hoje já não embeleza o panorama daquele bairro do subúrbio onde se viveu o tempo das escolhas.
Mas, e você... Lembra?