De boca aberta
Há quem durma de boca aberta. Há os que mastigam de boca aberta. Há também o chamado boca-aberta, que está sempre por fora do que é exigido saber. Enfim, há muitas maneiras de vivenciar a “boquiabertice” humana, como aquela que nos impomos em nome de um sorriso bonito.
- Que coisa ridícula ter medo de dentista, alguém que procuramos para o nosso próprio bem! Eu pensava assim... Mas entre o que pensamos ser e o que somos há uma enorme distância. Ontem experimentei duas cadeiras de dentistas. Ambas confortáveis e desesperadoras ao mesmo tempo. Ao procurar minha dentista para fazer uma revisão, esta me indicou tratamento também com uma ortodontista que ali trabalha uma vez por semana. Concordei.
Pelo que entendi, a ortodontista iria fazer uma limpeza mais profunda. E foi o que fez. Quando eu já estava com a boca aberta e com o sugador, munida de um ferrinho pontudo e outro com um espelho redondinho ela perguntou-me se eu preferia que a limpeza fosse realizada sem anestesia. - A senhora é também humorista? Pensei em retrucar. - Com anestesia, por favor! Adoro anestesia.
Depois de três agulhadas dilaceradoras teve começo a faxina rigorosa de caninos, molares e mais 999 dentes... Enquanto isto e para honrar a coragem que sempre me atribuí, tentei inutilmente relaxar o restante do corpo que não estava anestesiado, a começar pelos dedos dos pés até o couro cabeludo, bem como os pensamentos de fuga. Será que há exercício de meditação para praticar na cadeira do dentista?
Meio sorriso limpo. Deverei me apresentar na sala de tortura na próxima terça-feira para limpeza da arcada superior. Passei, então, à segunda parte do atendimento com a minha dentista para adaptação de um aparelho acrílico. Agora, uma molezinha!...
Pesquisando sobre odontofobia no Dr. Google encontrei que de 15 a 20% das pessoas tem medo de ir ao dentista. Só? Em outra página é divulgado que o medo de dentista vem em terceiro lugar entre os medos da humanidade, depois do medo de falar em público e do medo de altura. A propósito, os outros três medos seriam: o medo de problemas financeiros, o medo de águas profundas e em último lugar o medo da morte. Eu ordenaria assim: medo de dentista, medo de dentista, medo de dentista...
Há quem durma de boca aberta. Há os que mastigam de boca aberta. Há também o chamado boca-aberta, que está sempre por fora do que é exigido saber. Enfim, há muitas maneiras de vivenciar a “boquiabertice” humana, como aquela que nos impomos em nome de um sorriso bonito.
- Que coisa ridícula ter medo de dentista, alguém que procuramos para o nosso próprio bem! Eu pensava assim... Mas entre o que pensamos ser e o que somos há uma enorme distância. Ontem experimentei duas cadeiras de dentistas. Ambas confortáveis e desesperadoras ao mesmo tempo. Ao procurar minha dentista para fazer uma revisão, esta me indicou tratamento também com uma ortodontista que ali trabalha uma vez por semana. Concordei.
Pelo que entendi, a ortodontista iria fazer uma limpeza mais profunda. E foi o que fez. Quando eu já estava com a boca aberta e com o sugador, munida de um ferrinho pontudo e outro com um espelho redondinho ela perguntou-me se eu preferia que a limpeza fosse realizada sem anestesia. - A senhora é também humorista? Pensei em retrucar. - Com anestesia, por favor! Adoro anestesia.
Depois de três agulhadas dilaceradoras teve começo a faxina rigorosa de caninos, molares e mais 999 dentes... Enquanto isto e para honrar a coragem que sempre me atribuí, tentei inutilmente relaxar o restante do corpo que não estava anestesiado, a começar pelos dedos dos pés até o couro cabeludo, bem como os pensamentos de fuga. Será que há exercício de meditação para praticar na cadeira do dentista?
Meio sorriso limpo. Deverei me apresentar na sala de tortura na próxima terça-feira para limpeza da arcada superior. Passei, então, à segunda parte do atendimento com a minha dentista para adaptação de um aparelho acrílico. Agora, uma molezinha!...
Pesquisando sobre odontofobia no Dr. Google encontrei que de 15 a 20% das pessoas tem medo de ir ao dentista. Só? Em outra página é divulgado que o medo de dentista vem em terceiro lugar entre os medos da humanidade, depois do medo de falar em público e do medo de altura. A propósito, os outros três medos seriam: o medo de problemas financeiros, o medo de águas profundas e em último lugar o medo da morte. Eu ordenaria assim: medo de dentista, medo de dentista, medo de dentista...