Caminhando e cantando e seguindo a canção...
Caminhando e cantando e seguindo a canção: somos todos iguais braços dados ou não...
Cantei isto nos em 1968/69 e ínício de 1970,
nos Festivais da Canção,
pelas ruas do Rio em passeatas,
comícios, nas portas de faculdades,
escadarias da Câmara na Cinelândia,
na passeata dos 100 mil,
em casa,
chorando de indignação
e em aulas de História para meus alunos
ou mesmo em shows de MPB,
como protesto.
Hoje esta frase veio à minha mente por causa das eleições,
por causa da renovação da esperança,
mas também pelo momento particular que estamos vivendo.
Ah, se eu ainda tivesse 17 ou 19 anos
e tivesse tanta garra e força e fé na vida e fé no homem...
Ainda tenho, mesmo com pés pesados
e sujos de tanto fincar marcos
e fazendo força pra ninguém me tirar o que
ainda resta de alegria, esperança e
Fé na Vida...
Diferentes que somos,
igualados pela Fé Cristã que tenho e
pelo ideal de vocacionados para uma
missão integral e total do homem,
com a bandeira da Educação a nos chamar -
cantei isto de novo.
Amigos, enquanto canto,
penso que muitos caminham talvez na mesma direção,
mas os braços não estão dados,
o olhar é outro,
a escuta é outra,
mas são nossos irmãos caminhantes.
Quantas vidas,
quantas emoções perdidas ou não,
quantas falas duras que ficarão escritas
ou marcadas em muitos corações.
Sigo hoje cantando não o * estribilho -
que todos conhecem bem,
mas outra estrofe que diz:
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...
Que ajudemos uns aos outros, de braços dados ou não.
* estribilho:
Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer...
Com carinho
abraços
westh ney
"No essencial - unidade; nas diferenças - liberdade; e em todas as coisas - o amor." (teólogo Peter Meiderlin)