Sábado gratificante.
Ela finalmente se senta e, para encerrar as atividades do dia, escreve sobre o seu dia intenso; nem por isso cansativo.
Bem cedo aprendeu que: “é útil saber fazer coisas; assim não precisamos depender dos outros”. E foi acreditando na máxima dos pais que, às vezes se vê trabalhando sem parar.
Foi o que aconteceu neste sábado que mesmo acordando depois das nove, viveu intensamente.
Após o desjejum, preparou o almoço do marido que acorda cedo, só então tomou banho, e colocou o pijama junto com outras roupas claras na máquina de lavar. “Odeio roupa com cheiro de comida”.
Olhou-se no espelho e resolveu fazer a sua limpeza de pele.
“Bem rapidinho” é o refrão que usa a guisa de incentivo.
Olhando-se melhor aproveitou para passar nova tintura nos cabelos, e atendeu o filho ao telefone que quer saber se ela pode trocar a fonte do computador da sua loja.
Enquanto o cabelo fixa a tintura, ela troca a fonte.
Depois toma banho e, antes de testar a máquina, faz a manutenção preventiva: aspira, passa limpa contatos, uma gotinha de óleo na ventoinha já limpa, troca a massa termostática, limpa a memória...
O marido dá “aquela força” ao dizer: - hum, será que vai funcionar?
Ela sorri sem responder e intimamente pensa: melhor você não saber do quanto eu sou capaz...
Três da tarde: hora de reunir o material que precisa para atender o velhinho que visita duas vezes por semana. Hoje é preciso tratar dos pés dele.
Na volta faz a limpeza virtual no computador do filho e volta à cozinha com vontade de fazer algo doce. Prepara uma tapioca e um bolo de frutas.
O sábado termina e ela, pra relaxar, lê e escreve um pouco antes de se recolher feliz por ser útil e independente.