Falando de amor...
Por que, não sei. Mas, pra mim, maio continua sendo o mês ideal para se falar de amor. De amores presentes, que adocicam o nosso dia a dia; e de amores passados, que em nós deixaram indeléveis marcas...
Costumo dizer, que maio, o mês de Maria, é o mês das marias. De todas as marias, cujos pais, se inspiraram na Virgem para dar a elas nome tão doce e terno.
Acabei de ler a história de uma Maria, muito conhecida, mas, aos pouco, sendo esquecida pelas gerações mais novas.
É uma história de amor e tudo aconteceu no coração do nordeste brasileiro.
Ele olhou pra ela, uma Maria "roliça e com longos cabelos lisos". Além disso, "tinha a boca carnuda e um sorriso brejeiro que encantava à primeira vista". Seu nome? Maria de Deia.
No dia em que ela se encontrou com ele, "estava tão arrumada e cheirosa" que o seu apaixonado mudou-lhe imediatamente o nome: daquele dia em diante ela não mais seria Maria de Deia, mas Maria Bonita.
E escreve Maurício Oliveira, in Amores Proibidos na História do Brasil:
"Nesse verdadeiro conto de fadas sertanejo, a mocinha subiu na garupa do cavalo do seu príncipe e desapareceu, deixando definitivamente para trás a vida que levara até então."
O príncipe encantado de Maria Bonita chamava-se Lampião, o cangaceiro do Brasil, e já não posso dizer o maior de todos os tempos. Há muitos Lampiões vivos soltos por aí. Soltos?
Maria Bonito teria confidenciado a um amigo do cangaceiro: "Se o capitão Lampião quisesse eu para sua mulé, me danava com ele pelo mundo até morrer."
Na tragédia da Grota do Angico, no ano de 1938, os dois morreram um ao lado do outro, sob intenso tiroteio. A menina amou o sicário e só a morte os separou.
Porque falei de amor, guardem este soneto do poeta paraibano Ronaldo Cunha Lima, intitulado Haverei de te amar a vida inteira.
"Haverei de te amar a vida inteira.
Mesmo unilateral o bem querer,
é forma diferente de se ter,
sem nada se exigir da companheira.
Haverei de te amar a vida inteira
(não precisa aceitar, basta dizer),
pois o amor que faz bem e dá prazer
a gente vive de qualquer maneira.
Eu viverei de sonhos e utopias,
realizando as minhas fantasias,
tornando cada qual mais verdadeira.
Eu te farei presente em meus instantes.
Supondo que seremos sempre amantes,
haverei de te amar a vida inteira."
***
Maio está terminando. Aproveitem os dias que faltam para amar o seu amor; seus amores; e até seus ex-amores; de repente eles também merecem...
Por que, não sei. Mas, pra mim, maio continua sendo o mês ideal para se falar de amor. De amores presentes, que adocicam o nosso dia a dia; e de amores passados, que em nós deixaram indeléveis marcas...
Costumo dizer, que maio, o mês de Maria, é o mês das marias. De todas as marias, cujos pais, se inspiraram na Virgem para dar a elas nome tão doce e terno.
Acabei de ler a história de uma Maria, muito conhecida, mas, aos pouco, sendo esquecida pelas gerações mais novas.
É uma história de amor e tudo aconteceu no coração do nordeste brasileiro.
Ele olhou pra ela, uma Maria "roliça e com longos cabelos lisos". Além disso, "tinha a boca carnuda e um sorriso brejeiro que encantava à primeira vista". Seu nome? Maria de Deia.
No dia em que ela se encontrou com ele, "estava tão arrumada e cheirosa" que o seu apaixonado mudou-lhe imediatamente o nome: daquele dia em diante ela não mais seria Maria de Deia, mas Maria Bonita.
E escreve Maurício Oliveira, in Amores Proibidos na História do Brasil:
"Nesse verdadeiro conto de fadas sertanejo, a mocinha subiu na garupa do cavalo do seu príncipe e desapareceu, deixando definitivamente para trás a vida que levara até então."
O príncipe encantado de Maria Bonita chamava-se Lampião, o cangaceiro do Brasil, e já não posso dizer o maior de todos os tempos. Há muitos Lampiões vivos soltos por aí. Soltos?
Maria Bonito teria confidenciado a um amigo do cangaceiro: "Se o capitão Lampião quisesse eu para sua mulé, me danava com ele pelo mundo até morrer."
Na tragédia da Grota do Angico, no ano de 1938, os dois morreram um ao lado do outro, sob intenso tiroteio. A menina amou o sicário e só a morte os separou.
Porque falei de amor, guardem este soneto do poeta paraibano Ronaldo Cunha Lima, intitulado Haverei de te amar a vida inteira.
"Haverei de te amar a vida inteira.
Mesmo unilateral o bem querer,
é forma diferente de se ter,
sem nada se exigir da companheira.
Haverei de te amar a vida inteira
(não precisa aceitar, basta dizer),
pois o amor que faz bem e dá prazer
a gente vive de qualquer maneira.
Eu viverei de sonhos e utopias,
realizando as minhas fantasias,
tornando cada qual mais verdadeira.
Eu te farei presente em meus instantes.
Supondo que seremos sempre amantes,
haverei de te amar a vida inteira."
***
Maio está terminando. Aproveitem os dias que faltam para amar o seu amor; seus amores; e até seus ex-amores; de repente eles também merecem...