As fotos ficaram lindas.Cada uma cumpriu o seu objetivo de tentar eternizar os momentos de intimidade, de doce entrega, de amor.Há muito que esperava uma oportunidade de tirá-las, de poder retratar aquilo que vivíamos de forma tão intensa e verdadeira.Não era pra ser em grupo.Tinha que ser assim, como as vejo agora em minhas mãos: só nós dois e a nossa cumplicidade.Quem disse que um amor em seu começo não é egoísta? A gente até tenta fazer diferente.Afinal já passamos há muito tempo da adolescência.Já não precisamos roer as unhas quando estamos com saudade.Nem se faz necessário ligar um para o outro a cada instante.Também não é preciso viver 24h em função da pessoa amada. A gente tem uma independência afetiva, um trabalho, uma ou várias ocupações, não é mesmo?
É.Bem que eu acreditei que seria assim logo nos primeiros dias de nosso relacionamento.Você lá, eu cá.Alguns quilômetros a nos separar e, principalmente muitas experiências amorosas vividas de cada lado.Pensei: Finalmente, uma história calcada no que fomos e somos verdadeiramente.Nada de paixão, de ansiedade.Agora tudo será Zen, como sempre quis!
E aqui estou, olhando com deleite nossas fotografias.Singelo e delicioso troféu para o nosso amor.Passeio os dedos com suavidade sobre cada foto e a emoção me traz você para bem perto tal a saudade que me invade de repente
Já nem sei mais há quanto tempo guardei meus porta-retratos na parte mais inacessível do armário.Perdi a conta dos meses, anos que os criados-mudos do meu quarto silenciaram-se de vez pela total ausência de qualquer burburinho amoroso .
Respiro aliviada.Alguns suspiros bem fundos chegam à superfície.Tristeza? Nenhuma.Sinto que a vida é cíclica.Que Deus é pai e não padrasto ( sem querer ofender, por favor! ).Sempre acreditei que o que se deseja com muita intensidade, vira realidade.E eu sempre quis um amor pleno de ternura.Sempre busquei num homem uma amorosidade derramada, uma cumplicidade capaz de nos levar um ao outro em qualquer momento.Sabe aquele olhar que te desnuda e , ao mesmo tempo, te veste com uma burca quando se faz necessário? Pois é.Estou vivendo isso, sentindo isso pela primeira vez.Estou debutando na maturidade, pode?
E agora , olhando as nossas fotos, que daqui a pouco estarão esparramadas pela casa, me vem um pensamento:E se o amor acabar um dia? O que farei com elas? Ou melhor o que faremos?
Quanto ao meu querido não sei dizer. Não sei se o lixo seria o destino delas, ou se seriam queimadas, rasgadas ou mais modernamente apagadas do cartão de memória.Quanto a mim, posso dizer que o que elas me dizem agora já as credenciam para se perpetuarem na minha história.As fotos fazem parte de um acervo emocional precioso e indelével.O amor do presente pode ser o mais importante, mas tudo o que vivemos de bom ou de mau é a moldura de nossa existência, a matéria-prima do que somos hoje.
Foto apagada? Não.Apenas colocamos num posto privilegiado o amor que alegra o nosso presente.
E nós dois ficamos lindos no porta-retrato, não é mesmo?
É.Bem que eu acreditei que seria assim logo nos primeiros dias de nosso relacionamento.Você lá, eu cá.Alguns quilômetros a nos separar e, principalmente muitas experiências amorosas vividas de cada lado.Pensei: Finalmente, uma história calcada no que fomos e somos verdadeiramente.Nada de paixão, de ansiedade.Agora tudo será Zen, como sempre quis!
E aqui estou, olhando com deleite nossas fotografias.Singelo e delicioso troféu para o nosso amor.Passeio os dedos com suavidade sobre cada foto e a emoção me traz você para bem perto tal a saudade que me invade de repente
Já nem sei mais há quanto tempo guardei meus porta-retratos na parte mais inacessível do armário.Perdi a conta dos meses, anos que os criados-mudos do meu quarto silenciaram-se de vez pela total ausência de qualquer burburinho amoroso .
Respiro aliviada.Alguns suspiros bem fundos chegam à superfície.Tristeza? Nenhuma.Sinto que a vida é cíclica.Que Deus é pai e não padrasto ( sem querer ofender, por favor! ).Sempre acreditei que o que se deseja com muita intensidade, vira realidade.E eu sempre quis um amor pleno de ternura.Sempre busquei num homem uma amorosidade derramada, uma cumplicidade capaz de nos levar um ao outro em qualquer momento.Sabe aquele olhar que te desnuda e , ao mesmo tempo, te veste com uma burca quando se faz necessário? Pois é.Estou vivendo isso, sentindo isso pela primeira vez.Estou debutando na maturidade, pode?
E agora , olhando as nossas fotos, que daqui a pouco estarão esparramadas pela casa, me vem um pensamento:E se o amor acabar um dia? O que farei com elas? Ou melhor o que faremos?
Quanto ao meu querido não sei dizer. Não sei se o lixo seria o destino delas, ou se seriam queimadas, rasgadas ou mais modernamente apagadas do cartão de memória.Quanto a mim, posso dizer que o que elas me dizem agora já as credenciam para se perpetuarem na minha história.As fotos fazem parte de um acervo emocional precioso e indelével.O amor do presente pode ser o mais importante, mas tudo o que vivemos de bom ou de mau é a moldura de nossa existência, a matéria-prima do que somos hoje.
Foto apagada? Não.Apenas colocamos num posto privilegiado o amor que alegra o nosso presente.
E nós dois ficamos lindos no porta-retrato, não é mesmo?