DATA VENIA, MESTRA AMIGA
Ainda há pouco, no DFTV, uma repórter anunciou um evento a realizar-se na “ORTOGONAL”. Isto por aqui não existe, (nem no dicionário) embora na feira do produtor se encontrem as hortaliças. Ela quis referir-se à OCTOGONAL, que pelo formato de um octógono, uma região administrativa recebeu este nome. Essas “aceitáveis” variações linguísticas, queiram ou não queiram, implicam a inteligência da mensagem. Tudo isso é polêmico e tende para o “mais fácil” em detrimento do que seja belo e normativamente correto. Fala-se tanto em acesso e qualidade de ensino a todos os níveis, mas muitos seguem pelo caminho inverso. Não é a universidade que tem de igualar-se ao medíocre, mas este dela fazer-se digno por mérito inerente ao próprio valor, o que é comprovadamente possível em toda a escala social. (Vide exemplos antigos e recentes na mídia). Sabe-se que os ensinos fundamental e médio, especialmente na rede pública, pouco têm a oferecer. E, por esta razão, as universidades pagam o ônus da desqualificação para que lhes facilitem o acesso. Isto é outro ponto conflitante e gerador de apaixonantes retóricas. Em meio a isso, alguém poderá chamar-me até de neonazista. Não. A ele e a todos garanto-lhes que não sou. Também não me preocupa convencer a ninguém de que sou um democrata. Seria como impor o pessoal ao coletivo, assim como o gosto, que é próprio. Naquilo do “Catar feijão se limita com escrever", minha fala e minha escrita têm variado cardápio, nele incluso o indispensável e simples feijão. Mas bem feito. Não estou a abusar de conotação. Denoto-me aqui entre comensais a ler um editorial ou uma crônica nalgum jornal duvidoso, prazerosamente como a saborear um feijãozinho com torresmo.
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Há controvérsia, sabemos. Por causa dela até já nos desentendemos, sem qualquer empecilho a uma boa convivência. Particularmente, vejo na grafia “prízílía” uma coisa indecentemente arreganhada, bizarra e ao mesmo tempo apetitosa, como o é também um “MIXTO” QUENTE que, na hora da fome, só interessa o sabor... Não mais corrijo ninguém, a não ser a mim mesmo, o que já é um peso. Por esta razão, neste país em que o populismo é a regra e a norma é a contravenção, estou do lado das “bestas”. E uma besta que se preza não está nem aí para quem “vai ‘na’ escola”, “pisa ‘na’ grama”, e não tem “pobrema” se, ao escrever numa “praca”, assim troca o sujeito pelo objeto: “Desculpe o transtorno” e as dubiedades do possessivo “seu”.
Ainda há pouco, no DFTV, uma repórter anunciou um evento a realizar-se na “ORTOGONAL”. Isto por aqui não existe, (nem no dicionário) embora na feira do produtor se encontrem as hortaliças. Ela quis referir-se à OCTOGONAL, que pelo formato de um octógono, uma região administrativa recebeu este nome. Essas “aceitáveis” variações linguísticas, queiram ou não queiram, implicam a inteligência da mensagem. Tudo isso é polêmico e tende para o “mais fácil” em detrimento do que seja belo e normativamente correto. Fala-se tanto em acesso e qualidade de ensino a todos os níveis, mas muitos seguem pelo caminho inverso. Não é a universidade que tem de igualar-se ao medíocre, mas este dela fazer-se digno por mérito inerente ao próprio valor, o que é comprovadamente possível em toda a escala social. (Vide exemplos antigos e recentes na mídia). Sabe-se que os ensinos fundamental e médio, especialmente na rede pública, pouco têm a oferecer. E, por esta razão, as universidades pagam o ônus da desqualificação para que lhes facilitem o acesso. Isto é outro ponto conflitante e gerador de apaixonantes retóricas. Em meio a isso, alguém poderá chamar-me até de neonazista. Não. A ele e a todos garanto-lhes que não sou. Também não me preocupa convencer a ninguém de que sou um democrata. Seria como impor o pessoal ao coletivo, assim como o gosto, que é próprio. Naquilo do “Catar feijão se limita com escrever", minha fala e minha escrita têm variado cardápio, nele incluso o indispensável e simples feijão. Mas bem feito. Não estou a abusar de conotação. Denoto-me aqui entre comensais a ler um editorial ou uma crônica nalgum jornal duvidoso, prazerosamente como a saborear um feijãozinho com torresmo.
Também outro não me intimidaria por seguir qualquer que fosse a tendência. Não dou explicações acerca de preconceitos, se os tenho ou não. Mas tenho um pé atrás para quem diz que não os tem. Então, aí me contradigo a flagrar-me num deles. E quanto à língua, falo-a como eu quero e oportuno seja ao interlocutor. Se até o meu coloquial ele achar esnobe, direi para irritá-lo: falo porque falo, escrevo como escrevo, “fi-lo porque qui-lo”. E certamente as duas bestas se recolherão “aos costumes” pelo inafiançável “preconceito”.
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